Oito licenciados em jornalismo respondem a um anúncio de uma agência de comunicação, daquelas que compram e presenteiam jornalistas - não estagiários, jornalistas, alguns com grande nome na praça - e são mimoseados com a proposta de um contrato confidencial, segundo o qual ficarão obrigados a uma prestação diária de duas horas de trabalho, durante quatro meses, sem qualquer remuneração. No caso de não cumprirem ficam sujeitos a uma indemnização de 2.500 Euros.
Ao pedido de levar o contrato para estudar (para, obviamente, pedir a opinião de um advogado) a resposta: "...isso é que era bom. Isto é confidencial e não sai daqui".
Três deles mandam os senhores (dois) da INFOPRESS dar uma volta.
Cinco ficam.
Na esperança de que alguma coisa mude, de que um dia destes talvez tenham um emprego sério e sem saber que estão a entrar no negócio da escravatura do nosso tempo: uma escravatura de luxo, que coloca ao serviço da pressão, da troca e influência e, muitas vezes da chantagem pura e simples um grupo de jovens generosos que cometeram o erro de sonhar com uma profissão aparentemente importante e muito valorizada pela vizinha, pelo sr. Manuel Padeiro, pelo condutor do autocarro da Escola e por algum professor saudoso dos tempos do jornal da sua própria escola.
Afinal não é nada disso!
E onde é que anda a Inspecção do Trabalho. Oh! sr. ministro Álvaro Bissaia Barreto, ao menos respeite um dos seus antepassados ilustres, que, sendo embora amigo do Salazar, tinha um grande respeito pelos trabalhadores. E, olhe que, tal como naqueles tempos já há muitas almas quase ingovernáveis.A Revolta das Palavras/
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