domingo, junho 12, 2011

MEMÓRIAS

Pois é! Lembrei~me, um dia destes, quando, ao princípio da noite, um dos


Noticiários televisivos relembrou uma vitória portuguesa na final da Taça dos Campeões Europeus de 1961. Foi isso: o Benfica vencera o Barcelona. Era, lembravam-nos, o primeiro grande triunfo do futebol português. Foi giro, relembrar, pois, mas ninguem se relembrou de explicar que era a sexta edição da Taça europeia. As cinco anteriores haviam sido ganhas pelo Real de Madrid.


É verdade que o Real tinha o Di Stefano, um argentino espanholado, ao qual ajuntou, algum tempo depois, um tal Puskas, fugitivo do seu país, por mór de um levantamento político.


Mas o que eu pretendi trazer foi a ideia de que relembrar o passado faz sentido


com algum equlíbrio. O Benfica ganhou e foi bonito. Mas, senhores meus, nesse mesmo dia, em Setubal, o Eusébio estreou-se, no Benfica, após uma longa disputa. O jovem tinha vindo de Moçambique de autocarro, perdão, no paquete


que fazia a ligação das colónias com a capital da nação. Tinha como destino o Sporting, mas um dos tripulantes achou por bem, à chegada a Lisboa, fechá-lo num camarote do barco e ir ao Benfica, por amor clubístico.


Foi longa a disputa. O treinador dos encarnados sofria de raiva, mas a luta era tremenda entre os, então, poderosos clubes lisboetas. O jovem treinava, lá isso treinava, mas não jogava. ´


No final da época a decisão federativa contemplou o Benfica. E o Eusébio estreou-se justamente na quarta-feira da final da Taça dos Campeões, mas em Setubal, num jogo de reservas.


Eu vi o jogo europeu, numa tasca do Bairro Alto. Vi o Benfica ganhar. Não soube se o Eusébio ganhou ou perdeu o jogo de estreia dele. Na época seguinte


ele ganhou tudo, até a Taça dos Campeões, ao Real de Madrid.


segunda-feira, junho 06, 2011

FORÇA! É Fartar Vilanagem

De um dia para o outro sinto-me noutro mundo, noutro país, com outra gente.

De um dia para o outro adivinho o passado, com mais de sessenta anos, em que ia à escola a pé, ou pendurado nos camions que passavam devagar nas ladeiras... com os mesmos calções, lavados de um dia para o outro, a mesma camisa, sujeita ao mesmo tratamento, de botas - que era preciso descalçar para jogar futebol .


É isso que espera este povo, quando um rapazote, a mando de uma cáfila de abutres presididos pelo chefe de sempre, pede paciência ao povo porque "afinal vai ser ainda pior do que se falou durante a campanha...

Lá se vai o subsídio de desemprego, o apoio à pobreza dos mais velhos, o subsídio de reinserção social. Lá se vão os apoios sociais que, segundo a presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, Isabel Jonet, preverteram o Estado Social.

Já agora, sra. dra., acabe-se também com o Banco Alimentar, com a Industria a montante e a juzante da pobreza.


Deixemos o povo pagar pelos seus pecados, um dos quais, segundo Cavaco Silva, é o de não votar. Acabemos com a Escola Pública,( mas antes, atenção! transfiramos as filhas do novo primeiro ministro para um colégio de alta linhagem...)

Não tenho paciência para os "pseudo-jornalistas" da nossa terra, para os políticos-galinha que povoam o galinheiro que começa na Assembleia e acaba nas televisões, mas muito menos ainda para estes industriais da pobreza que reclamam da "fartura".

Vá, meus senhores, tendes tudo do vosso lado: fazei regresar o país aos tempos de Salazar. Talvez assim consigam dormir tranquilos: os pobres no seu lugar, os ricos cada vez mais ricos e umas quantas senhoras a praticarem as" caridadezinhas", tão do agrado dos patriarcas,

Força!