domingo, setembro 18, 2011

VIDAS

A ideia é recordar o passado vivido, deixar algo para os que ficam. Recordar e explicar o caminho que percorremos até ao hoje. Cheguei em Janeiro de 35, do Século passado. Tinha uma irmã adorada pelo meu pai. Era ainda bebé quando a perdi. Causou alguma surpresa. Pensou-se que teria sido eu.


Quando dei por mim morava em Queluz, junto à estação de comboios. Numa vila, espécie de aglomerado de casotas térreas. A guerra na Europa estaria prestes a rebentar. Um irmão chegou-me por essa altura, a tempo de já cá estar quando rebentasse, como rebentou, a guerra na Europa.


Voltei a Lisboa com algum atraso, já com 7 anos, para entrar na escola. O meu prof. durante quatro anos ensinou-me a ler, escrever e contar. Era um transmontano convicto, director e morador da escola pública e pai do João Vieira, cujo dito eu só viria a conhecer, anos mais tarde, no café Gelo...


(continua)