segunda-feira, agosto 28, 2006

Os atrasos e a sofreguidão dos lucros

Num primeiro post e ainda em S. Petersburgo prometi uma espécie de relato de viagem, tal como havia feito o ano passado. Rapidamente cheguei à conclusão de que não valia a pena entrar em tal stress - o que me custaria as férias.

Nos Hotéis russos, quer em S. Petersburgo, quer em Moscovo, a utilização da Internet wireless custa pelos menos 16 euros por hora, que tem de ser utilizada toda seguida. Os serviço de Net comum, na maior parte gratuitos, só dão para ver os e-mails.

Desisti da ideia de contar as maravilhas que ia vendo, mas registei a ideia de que os hotéis russos ainda funcionam como os portugueses há uns anos, de cujo montante das receitas, oito por cento era de telecomunicações.

Prometo falar-vos do Hermitage com mais tempo e dos museus de Moscovo, bem como da Praça Vermelha, não da múmia de Lenine, mas do seu enquadramento. Depois de descansar das férias...

quinta-feira, agosto 10, 2006

Os Renascimentos sucessivos

O que mais impressiona a quem visita S. Petersburgo como turista e percorre museus e palácios à procura do passado é encontrar o presente:porque os palácios e os museus valem a pena pelo passado, pelo que mostram do fulgor das Rússias dos Czares, mas também impressionam pela reconstrução a que foram sujeitos depois da destruição gigantesca da Segunda Guerra Mundial.
Esta reconstrução impressiona pelo rigor e pelas contas que sugerem, já que a URSS deve ter gasto milhões sem conta para esta reconstrução. Uma reconstrução que pôs de pé os símbolos de um poder contra o qual os construtores da República Socialista tão ferozmente se tinham erquido.
Por outro lado, esta reconstrução impressionante não pode deixar de lembrar a grande capacidade para os sucessivos renascimentos da Rússia.
Olhando a vida agitada, acelerada, percebendo pela construção activa de novas fábricas e pela adaptação rápida da população russa a um outro ritmo de vida e a outras regras de convívio, depressa se percebe que está em curso outro renascimento da Rússsia, um país que desde Pedro I, o grande, se habituou a queimar etapas históricas, ultrapassando e surpreendendo os outros povos que desde sempre olharam a grande estepe como um Mundo àparte e, em certas circunstâncias, atrasado, num mundo atrasado.
Será bom abrir os olhos...

terça-feira, agosto 08, 2006

S.Petersburgo

Sair de Portugal é sempre um desafio. É que o raciocínio por analogia é sempe uma tentação e, por exemplo, chegar a S. Petesburgo, em pleno Verão, e descobrir uma cidade monumental, a recompor-se de mais de setenta anos de paragem no tempo, perceber a vitalidade que se desprende do comérico que ocupa as principais avenidas da cidade, sentir o vigor de uma juventude que se descobre a si própria, sem complexos e já muito longe de tudo quanto seus pais aprederam e lhe ensinaram é perceber que connosco - portugueses - é sempe a andar para trás.
S. Petesburgo é uma cidade que lembra um império, que mostra os vestígios de Pedro, o grande, que exibe ainda a ambição da aristocracia russa, os seus caprichos e o seu poder e também evidencia a pobreza do regime que durante setenta anos foi roubando das igrejas e dos palácios metais e pedras preciosas, transformando templos, pagos por subscrições públicas de todos os povos de todas as Rússias, em armazéns de batatas e de materiais de construção.
S. Petersburgo é uma lição de que conto dar algumas notas nos próximos dias.