O Programa televisivo "Prós e Contras" presta, normalmente, bons serviços à comunidade. Exceptuam-se aquelas edições em que se nota a intenção de conduzir a discussão em determinado sentido. Não foi o caso da última , em que tivemos a oportunidade de ouvir as opiniões de alguns dos nossos"Senadores" sem Senado.
Concordemos ou discordemos deles temos que reconhecer-lhes a sabedoria própria de quem estudou e viveu a vida. Porque uma coisa sem a outra não conduz à sabedoria - a Sabedoria definida por Platão na defesa de um governo de sábios, dos mais sábios.
Eles são os mais sábios de entre nós e, apesar de a democracia mediática do nosso tempo os excluir da possibilidade de nos governarem, não podemos deixar de os ouvir.
Mário Soares e a sua desinibição na análise do programa do Bloco de Esquerda, Freitas do Amaral a lembrar aos eleitores do PSD a dupla escolha que terão de fazer e Adriano Moreira a analisar a decomposição do Estado representaram-nos a todos. Ali estava o País, a analisar-se sem apelos absurdos a levantamentos e sem queixas de esfaqueamentos ou de pontapés em bébes prematuros.
Mas, para além da opinião daqueles três "Senadores" sem Senado, houve a de Miguel Cadilhe, ainda com idade, com força e telegenia para, antes de ser "Senador sem Senado", voltar a ser um "Ministro da República". Não um ministro do PSD ou do PS ou do que quer que seja , mas Da República, uma entidade já sem força e a correr o risco de perder identidade.
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