É espantoso! De repente, como se tivesse acontecido uma novidade, a comunicação social portuguesa fala do caso do Comandante da Polícia, desembargador reformado por uma Junta Médica. Aqui d'El Rei que o homem recebe mais de 5 mil Euros de Reforma e mais não sei quanto e não sei que mais.
E embrulham-se nesta análise meticulosa os mais insígnes jornalisas e não jornalistas da praça, ocupando preciosos espaços dos jornais, das revistas, das televisões, das rádios e, provavelmente, desviando as atenções dos chefes de família das suas mais pesadas responsabilidades para dizerem, pelo menos: ora, o malandro!
É isso, malandro. O sr. desembargador José Manuel Branquinho Lobo, chefe da polícia é uma malandro: primeiro, porque a doença dele não é de carácter psicológico. Ele bebe demais. E, por isso foi reformado. Não trabalha, não aparece no comando da polícia, basta ver o número de horas que a bandeira que assinala a sua presença no comando está hasteada.
O sr. desembargador delegou todas as suas competências num chefe de gabinete - que também é desembargador - e que também faz pouco e que também bebe demais. O comando da polícia trasnformou-se num coio de malandros.
Malandros de classe, porque recebem na messe da polícia toda a grã-finagem da alta sociedade portuguesa: Cavaco Silva, Dias Loureiro, Bagão Felix, etc, etc. - par almoçar e - alguns - charutar.
O resto, aquilo a que a nossa comunicação social resolveu, de repente, dar relevo, já foi falado - e muito - logo no dia da tomada de posse do comandante da PSP. E é legal - ele pode ser reformado e assumir aquelas funções, recebendo o que recebe.
A questão não é essa - a questão é saber se neste país não existe ninguém capaz de assumir aquele posto com alguma dignidade. Enfim, alguma, pelo menos... O problema já se punha quando o sr. desembargador Branquinho Lobo era inspector da Segurança Social. Ele é um santanocopófonico e, por isso, é comandante da PSP. Um dia ainda havemos todos de ter vergonha destas coisas.
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