Toda a gente - eu, pelo menos - ficou espantada com a falta de perspicácia, diria mesmo falta de inteligência do ainda primeiro-ministro deste país, que, na noite das eleições, não pediu a demissão do cargo de presidente do partido (PPD/PSD, como ele gosta de dizer).
E logo surgiram os mais variados comentários sobre a sua capacidade de leitura dos resultados eleitorais. Houve mesmo quem duvidasse da sua inteligência. "Será que o Pedro perdeu qualidades?" - interrogavam-se os seus mais fiéis seguidores.
E se a decisão tão comentada tivesse a ver com altos níveis de inteligência, definidos por tempos muito apertados?
E se a hesitação do Pedro pudesse ser comparada às três negações do outro Pedro?
E se a inteligência, a vontade, o querer, o desejo, tudo - do Pedro - estivessem ligados a um pequeno papel rectangular, espantoso, libertador, que a sua condição de primeiro-ministro, por mais um dia que fosse, garantia?
Querem mais dados? E julgam que eu sou bruxo?
1 comentário:
«E se a inteligência, a vontade, o querer (...) estivessem ligados a um pequeno papel rectangular, espantoso, libertador, que a sua condição de primeiro-ministro, por mais um dia que fosse, garantia?»
POST-SCRIPTUM - Insinua o autor desta prosa opinativa que o Dr. Santana Lopes esteve à espera de um chorudo cheque que veio por ocasião da campanha eleitoral? Uma verba - digamos, hipoteticamente - avultada que ascende a 700 mil euros? Porque não chamar os bois pelos nomes?! O que hoje uma pessoa sabe, amanhã já são 10 a saber. É o milagre da multiplicação da palavra!...
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