Houve tempo em que, por mór da crise, de então, para promover a leitura de jornais se criou um slogan atractivo: ler jornais é saber mais.
Hoje em dia as coisas mudaram e, cada vez mais, fica-nos a sensação de logro, de conto do vigário, de alarmismo elevado ao quadrado, quando não de tristeza. Devem ter visto, pelo menos ouviram muito,quer nos noticiários da Rádio quer da TV, a manchete do DN: Um terço das adolescentes portugueses já usou a pílula do dia seguinte". Manchete aberta a branco sobre fundo negro, para estimular os preconceitos pseudo moralistas de raiz religiosa. A questão que se põe nem tem tanto a ver com a notícia em si, como se vai ver, mas com o alarmismo que se pretende criar à volta ( a Renascença já ouviu o cardeal). Mas vejamos como começa a notícia sobre um estudo da Faculdade Portuguesa de Ginecologia, transcrita da primeira página do matutino:
"Uma em cada seis adolescentes portuguesas tem uma vida sexual activa sem utilizar qualquer contraceptivo. Dessas, 33 % já recorreram à pílula do dia seguinte "... O resto é blá-blá.
Nada contra a investigação, que tem, aliás, dados interesantes. Mas contra a aproveitamento tendencioso, como é o caso do título. Como se pode contabilizar um terço das adolescentes como
tendo usado já a pílula do dia seguinte ( e com a carga pejorativa que tal manchete provoca),se logo a abrir a notícia sobre o estudo é revelado que uma em cada seis (na minha aritmética básica significava um sexto) sim, senhor, faz sexo, "e dessas" (desse sexto,pois) um terço já recorrerreu (e ainda bem, porque não é crime nenhum) à pilula do dia seguinte. No interior do jornal o título da notícia é repetido, o que deixa pouco espaço para qualquer dúvida sobre a intenção.
A divulgação de pormenores do estudo e a preocupação que causarem é legítima, de resto está repleta de informação que convirá reter pelos pais outros responsáveis pela educação de adolescentes, no seu conjunto, e não apenas as raparigas. Saber mais, e sobretudo melhor, também é conveniente para os adolescentes masculinos e possivelmente também urgente para alguns jornalistas da Av. da Liberdade...
Hoje em dia as coisas mudaram e, cada vez mais, fica-nos a sensação de logro, de conto do vigário, de alarmismo elevado ao quadrado, quando não de tristeza. Devem ter visto, pelo menos ouviram muito,quer nos noticiários da Rádio quer da TV, a manchete do DN: Um terço das adolescentes portugueses já usou a pílula do dia seguinte". Manchete aberta a branco sobre fundo negro, para estimular os preconceitos pseudo moralistas de raiz religiosa. A questão que se põe nem tem tanto a ver com a notícia em si, como se vai ver, mas com o alarmismo que se pretende criar à volta ( a Renascença já ouviu o cardeal). Mas vejamos como começa a notícia sobre um estudo da Faculdade Portuguesa de Ginecologia, transcrita da primeira página do matutino:
"Uma em cada seis adolescentes portuguesas tem uma vida sexual activa sem utilizar qualquer contraceptivo. Dessas, 33 % já recorreram à pílula do dia seguinte "... O resto é blá-blá.
Nada contra a investigação, que tem, aliás, dados interesantes. Mas contra a aproveitamento tendencioso, como é o caso do título. Como se pode contabilizar um terço das adolescentes como
tendo usado já a pílula do dia seguinte ( e com a carga pejorativa que tal manchete provoca),se logo a abrir a notícia sobre o estudo é revelado que uma em cada seis (na minha aritmética básica significava um sexto) sim, senhor, faz sexo, "e dessas" (desse sexto,pois) um terço já recorrerreu (e ainda bem, porque não é crime nenhum) à pilula do dia seguinte. No interior do jornal o título da notícia é repetido, o que deixa pouco espaço para qualquer dúvida sobre a intenção.
A divulgação de pormenores do estudo e a preocupação que causarem é legítima, de resto está repleta de informação que convirá reter pelos pais outros responsáveis pela educação de adolescentes, no seu conjunto, e não apenas as raparigas. Saber mais, e sobretudo melhor, também é conveniente para os adolescentes masculinos e possivelmente também urgente para alguns jornalistas da Av. da Liberdade...
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