quarta-feira, março 02, 2005

OS AZEITES

Houve tempo, já lá vão uns anos, o slogan repetia-se ao longo dos dias, eram dias e dias a ouvir "a sapataria oliveira calça Lisboa inteira". Puxa!
Tanto quanto se sabe, era um único Oliveira. E o que ele era capaz de calçar! E eis que...
Pois, eis que aparece outro Oliveira com o irmão Oliveira. Pasma o país!, qual pais!,o lusomundo inteiro!
Quando o cinema italiano despontou do pós-guerra, um filme se destacou: Não há paz entre oliveiras". Subtraí o artigo, e logo no plural, que não dá jeito, por causa do género (basta de confusões: o género, por acaso feminino,do artigo gramatical). No filme a fonte das azeitonas era naturalmente o olival, um espaço agrícola que reune a espécie agrícola, de onde provém o azeite. No filme, os azeites tinham, bem entendido, outra origem: a bela e tentadora Silvana Mangano.
Os mais devotos sabemos que a tentação é uma fraqueza, se bem que as Silvanas do estilo de Mangano inspirem tudo menos fraqueza!
Mas podemos aprender as lições que a realidade e a ficção nos proporcionam. Fui espeitar uma montra de sapatos e pareceu-se produto pouco próprio para lisboeta ambicioso. Fui ler alguns jornais e comecei a prever qual vai ser o porvir.Tanto faz que se perceba o que vai por trás do olival como não, o país inteito vai pasmar...

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