terça-feira, março 22, 2005

Cinema

Maria José Nogueira Pinto, um dia destes, em entrevista à Dois e à Rádio Renascença, quando lhe pediram uma palavra para definir Paulo Portas: Cinema.
Já naquela altura fiquei espantado com a inteligência da Provedora da Santa Casa da Misericórdia. De facto, PP está permanentemente frente a uma câmara imaginária para quem representa os mais variados papéis.
Para Paulo Portas, todavia, o cinema não passa por todos aqueles processos complexos de gravação, montagem (edição como se diz agora), etc. Não, para ele o cinema já está na tela com espectadores na sala- de preferência a bater palmas.
Foi o que aconteceu hoje, no Parlamento, com aquela sandice sobre a necessidade de José Sócrates corrigir o ministro dos negócios dos estrangeiros, Freitas do Amaral.
Disse tudo aquilo à espera do aplauso da sua claque, que, de resto, conhecia o teor da comunicação que o líder demissionário ia proferir. Todos se divertiam à grande e trocavam olhares cúmplices.
Hoje percebi melhor a palavra Cinema como definição de Paulo Portas. É um cinema de paranóico, de homem transtornado a precisar da chamada "ajuda profissional".

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