As nossas televisões - todas - são uma vergonha.
Querem sangue, sangue, violações e mais violações, desgraça, desgraça e mais desgraça.
Nãos lhes chegam as desgraças locais. Vão procurá-las onde as houver.
E este "houver" em televisão significa IMAGEM.
Desde que tenham imagem têm notícia. Ora, nem todas as imagens são dignas de legendar notícias.
Foi o que aconteceu hoje, com a transmissão de imagens de uma jornalista francesa, refém de não se sabe de quem, que apareceu nos ecrãs de todas as televisões portuguesas a dizer coisas que não queria dizer, ameaçada por não se sabe quem, num trabalho de televisão sem assinatura, sem responsabilidade.
Um trabalho que envergonha todos os que fazem ou fizeram da sua vida a informãção.
Só não envergonhou os directores das televisões portuguesas, que permitiram a sua exibição.
Malditos sejam! Parasitas de uma profissão que já foi muito honrada na Pátria de Camões, Padrer António Vieira e Afonso de Albuquerque; Miguel Torga, José Rodrigues Miguéis e Aquilino Ribeiro. Quem vos fez depositários da honra profissional de toda a gente que está com a jornalista do Liberation?
1 comentário:
Cada país tem as televisões que merece. Verdade? Num país analfabeto como Portugal, é óbvio que (na senda das audiências...) os directores de informação «obriguem» os seus jornalistas a pactuar por uma forma de jornalismo que, concordamos, não prestigia ninguém. Do lado do povo, percebo a vontade mórbida do sangue e da violência. A vida educou-os assim mesmo. Do lado dos jornalistas, vejo a obrigatoriedade de fazerem o que lhes mandam. Quem conhece as redacções sabe que é assim. E que, se não for assim, há quem esteja disposto a fazê-lo (é este também o problema, a mão-de-obra barata, tanto apetecível pelos donos dos órgãos de comunicação social).
O que mudar, então?! A mentalidade do povo? Porque não começarmos pelo mais simples?! Crie-se uma Ordem dos Jornalistas (apesar das contestações no último pseudo-congresso da classe) e ponha-se cobro a quem cá está a mais. Tenho dito e escrito.
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