Eram dois polícias jovens. Iam de serviço. Morreram.
Ainda ontem tinha decidido não ser oportuno escrever sobre o assunto. Por respeito. Mas, hoje, porque a indignação é muito grande não deixo esquecer. Tê-lo-ia feito ontem mesmo se tivesse sabido da missa a metade. A metade reles do país que somos. Mas a morte dos dois infelizes agentes não é tanto da responsabilidades dos governantes (de todos os dos últimos governos), como do comando-geral das polícias. Mais destes do que daqueles, sem que a responsabilidade não deixe por isso de ser dividida por igual.
O país ser indigente tem servido de desculpa para muita coisa, mas não justifica, porque nada pode justificar, não haver coletes à prova de bala suficientes para os diferentes tipos de emergência. E quanto mais elevado na hierarquia mais responsável. Não há desculpa. Adquirir umas centenas de coletes não terá significado, ainda não é por aqui que começa a miséria.
Pode parecer mais compreensível a ausência de meios operativos blindados, mas não sei se o seja.
Este governo, acabadinho de chegar, não terá culpa, se bem que alguns dos senhores ministros
já participaram noutros executivos anteriormente e com alguma responsabilidade na matéria.
Não que devam sentir mais culpa que tantos outros que os antecederam ou lhes sucederam.
Penso que não basta um qualquer minuto de silêncio para aliviar as consciências.
Como não bastará, só por si, abrir concursos expeditos para aquisição de viaturas blindadas, haverá talvez por aí algumas sem uso adequado, ou montadas e alinhavadas em unidades fabris extrapoladas ou em vias de...
Nem bastará ir aos saldos comprar os coletes da vergonha.
Não, não basta. É preciso apontar responsáveis, reconhecer responsabilidades, e limpar o prestígio dos organismos públicos de segurança. Quantos ministraram no sector nos últimos anos e quantos quadros chefiaram as forças da ordem pública, todos, sem excepção ,deverão ser afastados, com censura ou sem ela, de cargos públicos.
O mais provável, contudo, é que a culpa acabe por morrer solteira. Se assim for, acabará por afectar as prometidas reformas. ..
Ainda ontem tinha decidido não ser oportuno escrever sobre o assunto. Por respeito. Mas, hoje, porque a indignação é muito grande não deixo esquecer. Tê-lo-ia feito ontem mesmo se tivesse sabido da missa a metade. A metade reles do país que somos. Mas a morte dos dois infelizes agentes não é tanto da responsabilidades dos governantes (de todos os dos últimos governos), como do comando-geral das polícias. Mais destes do que daqueles, sem que a responsabilidade não deixe por isso de ser dividida por igual.
O país ser indigente tem servido de desculpa para muita coisa, mas não justifica, porque nada pode justificar, não haver coletes à prova de bala suficientes para os diferentes tipos de emergência. E quanto mais elevado na hierarquia mais responsável. Não há desculpa. Adquirir umas centenas de coletes não terá significado, ainda não é por aqui que começa a miséria.
Pode parecer mais compreensível a ausência de meios operativos blindados, mas não sei se o seja.
Este governo, acabadinho de chegar, não terá culpa, se bem que alguns dos senhores ministros
já participaram noutros executivos anteriormente e com alguma responsabilidade na matéria.
Não que devam sentir mais culpa que tantos outros que os antecederam ou lhes sucederam.
Penso que não basta um qualquer minuto de silêncio para aliviar as consciências.
Como não bastará, só por si, abrir concursos expeditos para aquisição de viaturas blindadas, haverá talvez por aí algumas sem uso adequado, ou montadas e alinhavadas em unidades fabris extrapoladas ou em vias de...
Nem bastará ir aos saldos comprar os coletes da vergonha.
Não, não basta. É preciso apontar responsáveis, reconhecer responsabilidades, e limpar o prestígio dos organismos públicos de segurança. Quantos ministraram no sector nos últimos anos e quantos quadros chefiaram as forças da ordem pública, todos, sem excepção ,deverão ser afastados, com censura ou sem ela, de cargos públicos.
O mais provável, contudo, é que a culpa acabe por morrer solteira. Se assim for, acabará por afectar as prometidas reformas. ..
1 comentário:
Sabe que acredito piamente que não vão fazer nada? Vão falar sobre o assunto uns tempos, indemenizar as familias sabe-se lá quando e daqui a uns tempos vamo-nos recordar deste caso, porque vai acontecer outro semelhante.
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