A forma como José Sócrates está a administrar a comunicação social no processo de formação do seu governo é exemplar. O que tem aparecido nos jornais, nas rádios e nas televisões é, visivelmente, especulação.
Isto quer dizer que o próximo governo será constituído por gente que tem um compromisso com o primeiro-ministro: não vai haver fugas de informação.
Este compromisso pode ser definido como o verdadeiro "fusível" do XVII Governo Constitucioanal. No dia em que alguém quebrar o compromisso haverá um curto-circuito e o chefe da equipa terá que fazer de "electricista".
Neste plano - o do relacionamento do poder com a comunicação social - permito-me uma sugestão: o regresso a uma certa institucionalização, nomeadamente com as televisões. Em Portugal, tal como em todos os países europeus, existe uma estação de Televisão oficial.
É através dela que os representantes do Estado apresentam as suas comunicações aos respectivos povos.
Isto não quer dizer que as outras estações não tenham direito à transmissão de tais mensagens. Quer apenas dizer que cabe à Televisão Pública disponibilizar os meios técnicos e humanos para que os eleitos do Povo a ele se dirijam. As televisões públicas são obrigadas - evidentemente - a disponibilizar o sinal a todas as outras.
Deste modo se evitam as cenas desagradáveis de multidões de câmaras e microfones, disputas, birras e outras coisas feias. Com tudo bem definido a vida é mais fácil.
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