Para ser franco comigo e convosco, não acredito na possibilidade de Bush perceber que as suas palavras vão denunciando o mapa desenhado na cabeça dos ideólogos-escribas dos seus discursos
No último - sobre "o estado da Nação"- , além de garantir o costume, pediu dinheiro aos compatriotas - não a todos, mas aos que necessitam dos programas estatais de assistência social. Aos ricos, promete descidas de impostos. Mas... isso é com os americanos. Eles que votaram neles, que se entendam.
A outra, a questão do mapa, também é deles porque é lá que o dinheiro vai ser gasto, mas diz respeito a todos nós.
Vamos a ele, ao mapa:
No tal discurso ameaçou a Síria e o Irão, velhos membros do proclamado "eixo do mal". Não apenas ameaçou, prometeu ajuda aos "freedomfighters", sobretudo do Irão.
Olhe-se para um mapa e repare-se nas ligações fronteiriças: Síria, Iraque, Irão, Afeganistão, Paquistão...CHINA. Recordem-se as relações dos EUA com todos estes países.
Volte-se atrás e revejam-se as preocupações de Washington com a Turquia e, já agora, a importância das bases militares ali instaladas.
Tanta preocupação com os outros, com a liberdade dos outros, com os tiranos de outras paragens, não conduzem a uma única palavra sobre o que acontece, por exemplo, na Birmânia ou mesmo no Zimbabwé.
Um dia destes, com mais alguns sorrisos, e temos Bush a integrar a India no grupo dos países do "eixo do mal".
Os ideólogos de Washington andam a desenhar um mapa perigoso no sorriso idiota de Bush.
Espero que, ao contrário dos americanos, o resto do Mundo saiba ler nos lábios do texano fanático.
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