sábado, fevereiro 05, 2005

O Debate - Comentários

Algumas vezes na minha vida tive este sentimento de "pioneiro", de alguém que dá alguma coisa de si para construir algo que pode servir a todos.
Desde os finais de Novembro de 2004, altura em que inaugurei este blog, cujo título devo a um amigo do coração, voltei a esse sentimento gratificante.
A blogoesfera é, na realidade, o futuro que começou ontem ( eu ainda estou a correr atrás do combóio, mas já com um enorme sorriso...). Na verdade, esta rede de cabeças que exigem continuar a apensar por si, representa a maravilha do nosso tempo. Um dia, estaremos todos ligados, não como no "Big Brother", mas a postos, para discutir ideias e sistemas para a sua execução ; estaremos capacitados para, finalmente, decidir um poder de gente sábia, em primeiro lugar, honesta, no mesmo plano, competente, logo a seguir, preocupada com os outros, antes de tudo.
Que me desculpem os meus pouco leitores estes desabafos.
Vêm eles a propósito de dois comentários que o meu post sobre o Debate entre SL e JS mereceram: o primeiro da DespenteadaMental, a quem cumprimento, tirando o chapéu, a imitar o gesto elegante do meu avô, que se recusava sair sem o dito, porque "não podia andar na rua à estudante".
Fui olhar o seu blog. Vou incluí-lo na minha lista de preferidos, porque não quero roubar aos que me visitam o prazer de a conhecer. E agradeço-lhe a rectificação. Ainda bem que José Sócrates disse que aquela entrada maciça de funcionários públicos, durante os governos de António Guterres, tinha o objectivo de rectificar situações irregulares de gente que trabalhava há anos par a FC a recibos verdes.
Foi pena, todavia, que não tivesse responsabilizado a "era cavaquista". Porque foram os "cavaquistas"os responsáveis pela deterioração da Administração Pública. Foi Cavaco Silva que fez todos os jogos para, no final de cada legislatura, ter o eleitorado na mão. Foi a sua gente que enriqueceu de forma escandalosa. Em notícia largamente documentada do "Expresso" de um ano e de um mês que não recordo ( e já não tenho paciência para pesquisar) foi apresentado o enriquecimento extraordinário de Manuel Dias Loureiro ( o tal que telefonou ao pai a dizer que já era ministro) e que, pouco tempo depois de chegar ao poder, tinha acumulado um património em Lisboa, de mais de um milhão de contos, tendo como base uma herança sem quantificação precisa, tão pequena era ela.
E ele não é caso único dessa década negra da história recente do nosso país.
E já que Santana Lopes e "sus muchachos" não param de falar dos seis anos de governação guterrista, era saudável lembrar aos portugueses os dez anos de cavaquismo.
DespenteadaMental, muito obrigado por me permitir este desabafo.
Quanto a LS, do Abnegado: também lhe agradeço a generosidade da partilha das suas ideias, dos seus textos. Já faz parte da minha rotina diária, uma visita ao seu blog.
Não deixa de ser curioso que ao ouvir Carlos Magno na Dois me tenha ocorrido a ideia: "ora aqui está um homem que só não é o Luís Delgado porque não teve a coragem de se assumir como um verdadeiro "carraceiro" do poder - é verdade que o o outro, o verdadeiro Luís Delgado, teve e tem, um patrão, o JLM, e o Carlos Magno anda sempre à procura de alguém".
Tem razão, LS, o carlos Magno faz lembrar um palhaço a quem o nariz "bola vermelha" não se ajusta, porque já tem uma séria dificuldade em confrontar-se consigo mesmo.
Mas, infelizmente, não é o único

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