A Procuradoria Geral da República e a Direcção Nacional da Polícia Judiciária fizeram saber, em comunicado tornado público que, "por ora", José Sócrates não é suspeito de coisa nenhuma, relativamente ao empreendimento "Freeport".
Estes pronunciamentos são feitos na sequência de uma notícia do semanário "Independente".
Mesmo depois da indicação de que se trata de um atropelo a todos os códigos deontológicos (que haja, mesmo no inferno), as rádios e as televisões - e pela amostra das edições "online", os jornais - continuam a servir-se do mote dado pelo semanário para ampliar aquilo que o próprio Sócrates já classificou de "campanha negra".
Negra ou branca ela é, de facto, uma granada de fragmentação, um automóvel aramadilhado, atirados contra todos nós, pacíficos cidadãos de um país de brandos costumes, que aceitam estes actos terroristas com um encolher de ombros, na esperança de que não nos caia um estilhaço em cima.
O "Independente" não é estreante neste tipo de actuação. Esta é a marca de um jornalismo que exige contrapartidas, que aponta caminhos para alianças futuras e tem cimentado poderes ocultos, verdadeiros polvos que se alimentam da intriga e da chantagem.
O jornal é apenas o instrumento. Quem o utiliza sabe que a sobrevivência obriga , muitas vezes, a actos desesperados.
Este acto de puro terrorismo anuncia, seguramente, uma verdadeira guerra, porque o tal polvo começa a ficar nervoso perante a possibilidade de todo o seu grande projecto ir água abaixo.
Fico com a esperança de que tal guerra não garanta, no futuro, outras alianças, outros projectos, outros polvos.
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