O Ministro Paulo Portas sugeriu aos chefes dos três ramos das Forças Armadas que o condecorassem, atribuindo-lhe o mérito de "melhor ministro da defesa". Esta "sugestão" foi feita logo a seguir à dissolução da Assembleia da República ao Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas (CEMFGA).
O Almirante Mendes Cabeçadas teve que explicar ao sr. Ministro que tais condecorações não seriam possíveis por várias razões: desde logo porque o sr. ministro é, do ponto de vista da hierarquia, o chefe. Depois, porque os chefes dos estados maiores de cada um dos ramos das Forças Armadas não têm competência para tal e, finalmente, porque seria ridiculo...
Esta "exigência" do "melhor" ministro da defesa, que, entretanto, tem feito ou mandado fazer as maiores tropelias com alguns dos concursos que estão em curso no âmbito da reestutururação de diversas estruturas militares, tem um precedente:
Logo no primeiro ano do seu consulado, "sugeriu" aos mesmos chefes que deveriam congratular-se, de forma pública e notória, com o facto de o terem como ministro, no dia do seu aniversário. O público e notório seria expresso por ofertas individuais de cada um dos chefes.
Nessa altura mandou o seu secretário de estado telefonar ao Chefe do Estado Maior da Força Aérea, dizendo-lhe que já tinha a aquiescência do seu homólogo da Marinha.
O ridículo foi evitado porque, entretanto, os generais conversaram uns com os outros.
Será necessário acrescentar alguma coisa?
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