Um colega de carteira derrama incontrolável ira sobre colunistas amplamente conhecidos por posições (atenção que não estou a referir-me a colos) pouco ou nada isentas. Numa onda de euforia, a imparcialidade é subjectiva e só se dá pela sua falta quando ataca, ofende, a onda.
Mas é verdade que a parcialidade do contra não é ingénua, é claramente mercantilista.
Sendo um dado adquirido que a comunicação social é uma loja, que frequentemente vende produtos em saldo ou que pratica descontos avultados na venda por atacado, é natural que se aproveite o intervalo em que um governo ainda não está e outro ainda não saiu para esvaziar as prateleiras dos monos afim de dar espaço aos luzidios lugares comuns da nova temporada.
Isso porque vai ter de haver lugar para os outros, com outra noção de imparcialidade convenientemente parcial. Em todo o caso, eles dão a cara e mesmo que não seja por amor à camisola comprometem-se.
Não tenho em mente justificar, seja quem for e de que lado estiver. São muito poucos os cronistas que vou lendo ( e apreciando) e cada vez mais os que deixei de ler. Vou envelhecendo
sem ver telenovelas, séries boas (que as vai havendo, quero crer) ou más. Nem filmes. Quase sempre, porque algumas vezes o apelo é irresistível. E mesmo assim, não raro acabo por sair do filme, à segunda ou terceira interrupção, por imperativos comerciais da Estação. Não tolero a
publicidade em doses maciças, e na 2, a dita institucional, chega a ser tão chata como a comercial
Mas busco sempre a Informação (é um vício natural ou, se preferirem, deformação profissional) , dando-me ao incómodo de saltitar de canal em canal. Mas até os tele-jornais me começam a enfadar. A falta de ética é gritante. Nem acredito que os modelos de informação
sejam todos impostos com finalidade inconfessável. Na maior parte dos casos é manifesto o cunho pessoal, tanta o destempero, a ignorância e a irresponsabilidade. Um pequeno exemplo: o apresentador do tj anuncia: A "X" (pode-se aplicar a qualquer uma das três) soube que fulano de tal e tal de fulano foram convidados para integrar o próximo governo e entram imagens.Um
repórter (ou uma ou uma chuva deles) aponta o microfone ao fulano visado e grita:o senhor foi convidado para integrar o governo?
A resposta foi simples: não fui nem tinha quer. Perguntem ao eng. Sócrates. E o bando ulula: "mas se for aceita"?!!!
Colocaram a mesma questão a mais suspeitos, obtendo o mesmo tipo de resposta, mas foi como se nada se tivesse passado. Os noticiários seguintes (no Cabo e nas generalistas) continuaram a divulgar, ao longo da noite e no dia seguinte, como certa a informação desmentida e nunca confirmada. A Sic sabe, a Sic soube, a TVI, a TVI aquilo e pronto, quem quiser que engula. Desculpem por não ter citado a RTP, mas podia ter citado.
É verdade que existe uma autoridade (alta) para a Comunicação Social. Se fosse clandestina seria por certo mais activa, como não é, funciona como um instrumento com tecnologia sideral, alimentado a pilhas e é activado para não fazer ondas. (continua, depois do jantar)...
Mas é verdade que a parcialidade do contra não é ingénua, é claramente mercantilista.
Sendo um dado adquirido que a comunicação social é uma loja, que frequentemente vende produtos em saldo ou que pratica descontos avultados na venda por atacado, é natural que se aproveite o intervalo em que um governo ainda não está e outro ainda não saiu para esvaziar as prateleiras dos monos afim de dar espaço aos luzidios lugares comuns da nova temporada.
Isso porque vai ter de haver lugar para os outros, com outra noção de imparcialidade convenientemente parcial. Em todo o caso, eles dão a cara e mesmo que não seja por amor à camisola comprometem-se.
Não tenho em mente justificar, seja quem for e de que lado estiver. São muito poucos os cronistas que vou lendo ( e apreciando) e cada vez mais os que deixei de ler. Vou envelhecendo
sem ver telenovelas, séries boas (que as vai havendo, quero crer) ou más. Nem filmes. Quase sempre, porque algumas vezes o apelo é irresistível. E mesmo assim, não raro acabo por sair do filme, à segunda ou terceira interrupção, por imperativos comerciais da Estação. Não tolero a
publicidade em doses maciças, e na 2, a dita institucional, chega a ser tão chata como a comercial
Mas busco sempre a Informação (é um vício natural ou, se preferirem, deformação profissional) , dando-me ao incómodo de saltitar de canal em canal. Mas até os tele-jornais me começam a enfadar. A falta de ética é gritante. Nem acredito que os modelos de informação
sejam todos impostos com finalidade inconfessável. Na maior parte dos casos é manifesto o cunho pessoal, tanta o destempero, a ignorância e a irresponsabilidade. Um pequeno exemplo: o apresentador do tj anuncia: A "X" (pode-se aplicar a qualquer uma das três) soube que fulano de tal e tal de fulano foram convidados para integrar o próximo governo e entram imagens.Um
repórter (ou uma ou uma chuva deles) aponta o microfone ao fulano visado e grita:o senhor foi convidado para integrar o governo?
A resposta foi simples: não fui nem tinha quer. Perguntem ao eng. Sócrates. E o bando ulula: "mas se for aceita"?!!!
Colocaram a mesma questão a mais suspeitos, obtendo o mesmo tipo de resposta, mas foi como se nada se tivesse passado. Os noticiários seguintes (no Cabo e nas generalistas) continuaram a divulgar, ao longo da noite e no dia seguinte, como certa a informação desmentida e nunca confirmada. A Sic sabe, a Sic soube, a TVI, a TVI aquilo e pronto, quem quiser que engula. Desculpem por não ter citado a RTP, mas podia ter citado.
É verdade que existe uma autoridade (alta) para a Comunicação Social. Se fosse clandestina seria por certo mais activa, como não é, funciona como um instrumento com tecnologia sideral, alimentado a pilhas e é activado para não fazer ondas. (continua, depois do jantar)...
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