Primeiro: a minha manifestação de grande alegria. O PS ganhou: com maioria absoluta, as eleições antecipadas convocadas fora de tempo ( mas, mesmo assim, convocadas) pelo Presidente da República.
A Esquerda portuguesa, pela primeira vez, conseguiu exprimir em votos e em deputados a sua real força na sociedade portuguesa.
Nestas coisas de eleições, todos nós estamos colados às televisões e vamos ouvindo aqui e ali os comentadores, os jornalistas e assim. Todos nós percebemos quem está lá - na pantalha - a falar de si ou dos outros. Na maior parte dos casos, de si mesmos.
Judite de Sousa, sorriso amarelo, toda vivaz quando anuncia que o prof. Marcelo vai retomar o comentário político, na RTP.
António Barreto, com idade para ter juizo e, ao que parece, com algum receio de que apareça alguém a falar de contratos conseguidos não se sabe bem como e do seu passado como renovador para dar nome à célebre "AD", a dar a deixa ao prof. Marcelo.
"Fiquei muito desiludido com o discurso de J. Sócrates ... porque falou para os socialistas...etc, etc...
Oh! dr. , não percebeu que ele estava a falar para uma multidão de socialistas que foram espezinhados, despedidos, celindrados, humilhados pelo PSD e pelo PP durante estes três anos e meio?
Não percebeu?
Faz então o quê na vida, além de ganhar concursos sem outros concorrentes para apresentar estudos e programas na Televisão, que qualquer sociólogo ou qualquer profissional da TV, faria a preços dez vezes menores, com mais eficiência e mais dignidade?
Não percebeu que Sócrates quiz dizer que o seu governo(PS) não ia ser norteado pelo desejo de vingança, do ajuste de contas e que seria uma governação para todos? Não percebeu que era importante, para ele, fazer o discurso contrário do habitual, falando, sem falar, dos "jobs for the boys"?
O sr. é apenas convencido ou é, como parece, arrogante?
Oh! dr. António Barreto, aprenda, de uma vez por todas, que a sua arrogância nem sequer tem fundamento. O país nunca beneficiou nada consigo. Tal como nesta noite de comentários de televisão, em que caiu na armadilha montada pelos novos-velhos directores da RTP.
Hoje, como sempre, o sr. esteve à procura de uma brecha por onde pressionar o poder político, do qual vive, despudoradamente.
E, por isso, concedeu a deixa àquela dissertação "inteligente" de Marcelo Rebelo de Sousa, que já começou a anunciar o que vão ser os seus comentários dominicais na RTP, ainda dominada pela estrutura montada pelo "boxeur" Morais Sarmento.
Será que o dr. Barreto tem capacidade e curriculum para obter todos os trabalhos em que ganha para além do necessário ao seu sustento, se submetido a concurso, devidamente publicitado, com outros profissionais da sua área e de outras que invade como um predador?
A Televisão é, para ele, um instrumento de pressão?
Enfim, vai ser precisa muita coragem. Ainda o PS não anunciou o seu governo e já os lobies começam a manifestar-se em toda a sua plenitude.
Deus e a irmã Lúcia nos guardem.
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