Um dia destes, desta semana, passou a correr num daqueles oráculos que todas as televisões usam para mostrar de fugida as notícias importantes, enquanto vão falando e mostrando o sangue da estrada e as caras disfarçadas dos pedófilos e das alegadas vítimas e a história de mais uma velhinha simpática, mas que já não fala nem ouve... um dia destes, num daqueles oráculos, fugiu a notícia segundo a qual o New York Times tinha mandado fazer uma sondagem para seu próprio consumo.
E que resultados obteve nesta sondagem? Que a maior parte dos leitores não acredita em nada do que os seus redactores escrevem.
Esta conclusão - terrível para quem edita um jornal - levou a respectiva direcção a lançar uma reestruturação profunda no modo de fazer jornalismo: por exemplo, acabar com as fontes anónimas, contraditar as fontes oficiais, abrir linhas directas para os leitores e outras medidas.
Será que algum jornal português tem estrutura mental para, honestamente, fazer a mesma sondagem e actuar em conformidade com os resultados obtidos?
Tenho a certeza que não. Nenhum deles ligou a mínima a este processo americano. De resto, da América, só lhes interessam os discursos inteligentes de George Bush.
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