Jorge Sampaio, na pele de Presidente da República, foi hoje severamente julgado no editorial do matutino da avenida da Liberdade. Não foi simplesmente criticado por opinião expressa. Foi julgado e asperamente condenado. Foi aparentemente a reacção da banca à censura presidencial da véspera. A deixa dos dirigentes da social-democracia, ao acusar Sampaio de favorecer os correlegionários, foi avidamente aproveitada e o inquilino de Belém surge como um socialista mais, e nessa condição, responsabilizado pela hecatombe económica, porque em devido tempo não soube travar os desmandos dos ministros da área das finanças dos governo de Gueterres.
Agora compreende-se melhor o azedume da banca, quando os negócios marginais ou, no mínimo pouco claros, são revelados ou comentados. Não só e apenas não apreciam como parecem agora, mais do que nunca, apostados em não tolerar intromissões ou críticas a actividade sanguessuga, a dar crédito à informação do mesmo jornal que refere amplos pormenores sobre diferentes formas de crédito bancário mais ou menos expedito com taxas lucrativas acima dos 25%, por operação. Não tenho nada contra. Nunca me emprestaram e que saiba não obrigam ninguém a pedir. Claro que não são obrigados a exorbitar. Fazem o que se lhes permite. E sobre o que se lhes permite, muito boa gente da governação podia e devia ser interpelada.
Mas ele há maneiras de interpelar e de assumir as dores alheias. Como há maneiras de ler e entender um jornal. Em 140 anos de actividade o jornal variou e inflectiu algumas vezes. Saltar de Século, da monarquia para a república, da ditadura para a democracia é muita fruta. É, pois natural que tenha alterado ou variado a linha editorial. O vento tem muito a ver com a opinião.
Tempos houve em que a opinião era controlada. Com Salazar a censura era oficial. Os jornais podiam exibir «visado pela Comissão de Censura». Marcelo (padrinho) aligeirou para «exame prévio». Com a democracia instalada terminaram tais inibições. Cada orgão de comunicação social é livre de expressar convicções (apetecia-me ter dito "quase livre", mas não disse). Livre de determinar a linha editorial, que pode alterar sempre que entender ou quando mude de patrão. E até pode optar, se assim o entender, preferir editar uma linha de crédito, provavelmente melhor remunerada. Mais rentável que a mera análise político-partidária. Afinal que diferença haverá entre abater uma porção de sobreiros ou um presidente? Por mim, não sei. A Banca que diga...
Agora compreende-se melhor o azedume da banca, quando os negócios marginais ou, no mínimo pouco claros, são revelados ou comentados. Não só e apenas não apreciam como parecem agora, mais do que nunca, apostados em não tolerar intromissões ou críticas a actividade sanguessuga, a dar crédito à informação do mesmo jornal que refere amplos pormenores sobre diferentes formas de crédito bancário mais ou menos expedito com taxas lucrativas acima dos 25%, por operação. Não tenho nada contra. Nunca me emprestaram e que saiba não obrigam ninguém a pedir. Claro que não são obrigados a exorbitar. Fazem o que se lhes permite. E sobre o que se lhes permite, muito boa gente da governação podia e devia ser interpelada.
Mas ele há maneiras de interpelar e de assumir as dores alheias. Como há maneiras de ler e entender um jornal. Em 140 anos de actividade o jornal variou e inflectiu algumas vezes. Saltar de Século, da monarquia para a república, da ditadura para a democracia é muita fruta. É, pois natural que tenha alterado ou variado a linha editorial. O vento tem muito a ver com a opinião.
Tempos houve em que a opinião era controlada. Com Salazar a censura era oficial. Os jornais podiam exibir «visado pela Comissão de Censura». Marcelo (padrinho) aligeirou para «exame prévio». Com a democracia instalada terminaram tais inibições. Cada orgão de comunicação social é livre de expressar convicções (apetecia-me ter dito "quase livre", mas não disse). Livre de determinar a linha editorial, que pode alterar sempre que entender ou quando mude de patrão. E até pode optar, se assim o entender, preferir editar uma linha de crédito, provavelmente melhor remunerada. Mais rentável que a mera análise político-partidária. Afinal que diferença haverá entre abater uma porção de sobreiros ou um presidente? Por mim, não sei. A Banca que diga...
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