Acabo de ouvir José Sócrates no seu discurso de comemoração dos 20 anos de adesão de Portugal à então CEE, hoje UE.
Alguém tem que ensinar ao primeiro-ministro que aquele tipo de discurso já não se usa e é cansativo. Mais: aquilo é um tipo de discurso jornalístico que já nem nos jornais fica bem, com as muletas habituais: a retrospectiva histórica capaz de justificar conclusões prospectivas e onde nem sequer falta o estafado "por outro lado...".
Alguém tem que ensinar ao primeiro-ministro que aquele tipo de discurso já não se usa e é cansativo. Mais: aquilo é um tipo de discurso jornalístico que já nem nos jornais fica bem, com as muletas habituais: a retrospectiva histórica capaz de justificar conclusões prospectivas e onde nem sequer falta o estafado "por outro lado...".
Sócrates usa também os truques dos padres da Aldeia, repetindo, no início de cada período, as mesmas frases ou, às vezes, uma única palavra. Aos políticos dispensam-se os truques de oratória.
A um político exige-se, num discurso público, em circunstâncias tão marcantes, a notícia. Um discurso com novidades, com ideias novas, sem tantas referências ao passado. A um político exige-se, quando fala, a indicação para mudanças na sociedade que dirige, sobretudo no nosso tempo, que circula a uma velocidade igual, ou superior, à da velocidade da luz. Um político, quando fala, tem que dizer alguma coisa.
Eu já não me lembro de nada do que ouvi.
A um político exige-se, num discurso público, em circunstâncias tão marcantes, a notícia. Um discurso com novidades, com ideias novas, sem tantas referências ao passado. A um político exige-se, quando fala, a indicação para mudanças na sociedade que dirige, sobretudo no nosso tempo, que circula a uma velocidade igual, ou superior, à da velocidade da luz. Um político, quando fala, tem que dizer alguma coisa.
Eu já não me lembro de nada do que ouvi.
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