Refiro-me ao regresso de José Manuel Barroso (sem Durão no meio) à tal Agência, agora Lusa, chamada de ANOP no tempo da sua direcção, quando tinha a força da principal e melhor Redacção do país.
Essa força custou-lhe a extinção, como sempre acontece em Portugal a qualquer projecto que ultrapasse os limites da mediocridade das elites governantes deste país há séculos. Foi extinta, depois de ter tido de conviver com uma outra, chamada NP (Notícias de Portugal), cuja criação foi da responsabilidade do primeiro-ministro de então, Pinto Balsemão, do secretário de estado da comunicação social, José Alfaia e do seu homem-todo-poderoso, José Manuel Barroso.
Barroso transformou-se no principal adversário da ANOP, levada a fundir-se com a NP neste projecto de agora, num processo verdadeiramente kafkiano, com os principais quadros da ANOP a dizerem-se dispostos a lutar pela sua manutenção, mas nos bastidores a negociarem com a administração da NP, isto é, com Barroso, o seu fim.
Barroso acabou por pagar os zig-zags das suas alianças políticas, mas regressa agora à gestão da Agência que substituiu a ANOP, cujo fim ele preconizou. Este seu regresso tem alguma coisa de errado. Parece o "making off" de alguns editoriais da breve direcção interina do Diário de Notícias. Se assim é, os anos não mudaram o homem. Esperemos que, do ponto de vista técnico, não tenha perdido capacidades e se tenha actualizado para colocar as novas tecnologias ao serviço da única Agência portuguesa num Mundo cada vez mais globalizado, mas com uma comunicação social cada vez mais controlada pelos grandes interesses internacionais (ele sabe do que falo).
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