O sr. Valentim Loureiro reuniu um grupo de dirigentes de clubes de futebol, de segunda linha, bem endividados ou praticamente falidos, mais uma porção de senhores árbitros, aí uns quinze ou coisa que o valha, para dar a volta ao texto. Dar a volta ao texto quer dizer, como sabem, deixar tudo na mesma e deixar tudo na mesma, às vezes dá uma trabalheira do caraças...
Mesmo assim, eu pasmo. Que mais posso eu fazer, que não seja pasmar e resmungar? 'Tá tudo na mesma, sistematicamente na mesma! Mas este tudo engloba muita coisa e muita gente.
Começa na condescendência: "ele são assim"! pois é, eles são o que são, seja lá isso o que for, pois são, mas desde que se estabeleça que é gente que não interessa ao futebol, ou então é todo o futebol que não presta e alguns senhores da Costa e quejandos pintos são piores. Beras, muito beras, são os que mandam, e se dão ao luxo de mandar ficar tudo na mesma. Fico com a noção de que eu é que sou parvo.
E só agora é que descobriste?, pergunto-me a mim próprio, a lembrar-se que já há muito que devia saber que não adianta. Sei, claro que sei, mas sempre apetece chamar a atenção, porque é realmente premente chamar a atenção: eles são o que são, porque os deixam ser. E se os que deixam deixaram é porque ou são muito distraídos ou são da mesma cepa!
Em boa e honesta verdade o senhor Pinto foi escutado e o senhor Loureiro foi - oh! lá se foi! -muito escutado, e em diversdas vertentes. O advogado do senhor Pinto descobriu - e é para isso que ele é advogado! - que as escutas não deviam ter sido escutadas, por mais isto e mais aquilo,
logo o senhor Pinto e outros pintos e outros loureiros ficaram libertos de coacção limitativa.
Mas uma coisa é a Justiça e o competente Poder Judicial, repletos de princípios democráticos, e outra, diferente, a realidade dos factos. Eles foram escutados e o teor das conversas denunciado.
As leis do futebol são diferentes da rebaldaria da instrução de processos judiciais, o meio mais adequado que se conhece para deixar andar.
Não há como fugir da realidade. Se Salazar fosse vivo diria que no futebol o que parece é! Pior: eles sabem que nós sabemos, e que os da FIFA também sabem. E nós sabemos que eles sabem que nós sabemos. Também é verdaqde que em geral sabemos perfeitamente ser parvos, mas nem sempre.
A verdade no futebol tem que ser muito parecida ou então o caldo entorna-se. Mas como é que se pode acreditar no mundo da bola, se não há um - um só que seja!- que se levante e aponte: o rei vai nu...
Também, com este calor, que mal faz...
Mesmo assim, eu pasmo. Que mais posso eu fazer, que não seja pasmar e resmungar? 'Tá tudo na mesma, sistematicamente na mesma! Mas este tudo engloba muita coisa e muita gente.
Começa na condescendência: "ele são assim"! pois é, eles são o que são, seja lá isso o que for, pois são, mas desde que se estabeleça que é gente que não interessa ao futebol, ou então é todo o futebol que não presta e alguns senhores da Costa e quejandos pintos são piores. Beras, muito beras, são os que mandam, e se dão ao luxo de mandar ficar tudo na mesma. Fico com a noção de que eu é que sou parvo.
E só agora é que descobriste?, pergunto-me a mim próprio, a lembrar-se que já há muito que devia saber que não adianta. Sei, claro que sei, mas sempre apetece chamar a atenção, porque é realmente premente chamar a atenção: eles são o que são, porque os deixam ser. E se os que deixam deixaram é porque ou são muito distraídos ou são da mesma cepa!
Em boa e honesta verdade o senhor Pinto foi escutado e o senhor Loureiro foi - oh! lá se foi! -muito escutado, e em diversdas vertentes. O advogado do senhor Pinto descobriu - e é para isso que ele é advogado! - que as escutas não deviam ter sido escutadas, por mais isto e mais aquilo,
logo o senhor Pinto e outros pintos e outros loureiros ficaram libertos de coacção limitativa.
Mas uma coisa é a Justiça e o competente Poder Judicial, repletos de princípios democráticos, e outra, diferente, a realidade dos factos. Eles foram escutados e o teor das conversas denunciado.
As leis do futebol são diferentes da rebaldaria da instrução de processos judiciais, o meio mais adequado que se conhece para deixar andar.
Não há como fugir da realidade. Se Salazar fosse vivo diria que no futebol o que parece é! Pior: eles sabem que nós sabemos, e que os da FIFA também sabem. E nós sabemos que eles sabem que nós sabemos. Também é verdaqde que em geral sabemos perfeitamente ser parvos, mas nem sempre.
A verdade no futebol tem que ser muito parecida ou então o caldo entorna-se. Mas como é que se pode acreditar no mundo da bola, se não há um - um só que seja!- que se levante e aponte: o rei vai nu...
Também, com este calor, que mal faz...
1 comentário:
O que me fode (e desculpe-me a expressão) é que quem "reabilitou" o Major foi um capitão de Abril. Lembremo-nos que ele tinha sido expulso da tropa, e não por razões políticas, mas por indecente e má figura.
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