Tem inteligência de jogadora de xadrez. Joga a cada minuto que passa. Exaspera-se porque o adversário leva muito tempo a fazer a jogada seguinte e ela já tem o jogo na mão. Conhece por antecipação todas as jogadas e diverte-se ( mas também sofre) contrariando a jogada seguinte.
É uma fuga. Encontrou o seu próprio sistema para viver num país onde o xadrez não existe e toda a gente é jogador de bancada e contente por nada verdadeiramente palpável. Mais do que uma fuga é um entretenimento. Junta ao jogo da previsão dos movimentos do "adversário", o outro, fatal, o das palavras. É exímia. Acrescenta-lhe a manipulação do sorriso - que é capaz de colocar na voz.
Acontece uma vez em muitos anos, mas acontece. Tem um único problema esta minha outra heroína: continua a insistir em que os outros - todos os outros - também são gente. Ei!!! alguns são, mas outros não voam, são lesmas.
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