domingo, julho 31, 2005

O FIM

" A Capital" anunciou ontem, o fim de " A Capital". Se não fosse trágico pareceria patético. O Appio Sottomayor, um nome cheio de bigodes, conta a estória do jornal e passa ao de leve sobre as manobras do seu amigo Pinto Balsemão - responsável, afinal pelo fim deste jornal, um fim várias vezes anunciado e só agora concretizado.
Concretizado por falta de visão. É muito simpático ser português, mas às vezes é desesperante. Porquê tanta asneira?
" A Capital" ficou sózinha num mercado espantoso- o da imprensa vespertina. E, em vez de aproveitar esse facto, antecipando-se aos jornais matuttinos, fez todos os esforços par se incorporar no grande grupo dos jornais da manhã
Nem quando a mão de obra ficou barata - graças ao cavaquismo que permitiu a aberura de cursos de jornalismo em tudo quanto era universidade - a gente de " A Capital" percebeu que, trabalhando de madrugada poderia sair ao fimda tarde com um jornal que anteciparia, do ponto de vista noticioso todos os matutinos da manhã seguinte.
Não. o Pinto Balsemão, a quem apenas interessou o património do Bairro Alto ( no mesmo dia em que venceu o prazo determinado no contrato de venda do título passou para o seu nome o prédio do Bairro Alto) ; o Sarabando (lacaio do Balsemão), a Helena Sanches Osório ( com uma mão livre imcompreensível), O Matos não sei quê, os espanhóis de Badajoz, o Luís Osório, todos eles só pensaram em fazer um jornal igual a todos os outros . Ninguém pensou, nenhum deles percebeu que era na diferença que estava a vantagem.
Seja como for. Este jornal morreu. Como diz o Appio pode ser que não haja duas sem três, mas está morto. E, nesta morte, pessoalmente, presto homenagem ao homem - que não conheço e não quero conhecer - que deu o nome para o fim : Paulo Narigão Reis, director interino.
Que é feito do Luís Osório, tão impante, tão cheio de si? Fugiu? acho que sim.

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