quarta-feira, agosto 10, 2005

Viagem - A Mina de Sal

De Milowka a Krakóvia, pelas novas auto-estradas que estão a construir-se na Polónia, são duas horas. Todavia, o chefe da família a que me venho referindo, indicou-nos um trajecto alternativo, mais bonito - dizia - e que nos levaria directo a Wieliczka , a cidade onde se situam as minas de sal mais famosas do Mundo - dizem os polacos - e as mais bonitas - dizem igualmente os polacos. Só que wincenty devia desconhecer que o tal itinerário está a mexer. Obras e mais obras. E, portanto, o que aparentemente, seria mais perto e mais agradável à vista, acabou por se traduzir num atalho com os respectivos trabalhos: Foi um dia inteiro para chegar a Wieliczka e como chovia, toda a gente se lembrou de ir ver as minas de sal. Resultado: uma fila enorme e quase duas horas serpenteando em torno de um jardim para chegar no limite da última excursão com guia em inglês. Um guia que, de certo modo, fazia lembrar o padre de Levotcha e que tinha uma dicção pouco menos que horrorosa. Dizia as palavras todas, bem estruturadas gramaticalmente, mas com um som para o qual era necessário um treino muito grande. De qualquer forma, lá fomos vendo e percebendo.Além disso, ele e todos os funcionários daquela super-estrutura turística usam uma farda negra, a fazer lembrar os tempos comunistas, também pelas dragonas exibicionistas de alguns deles. Um mau gosto incrível.As minas são, de facto, um espectáculo.Descemos a 135 metros e só chegámos ao terceiro nível. Para baixo há mais seis que chegam aos 327Há séculos que os polacos exploram daquele sítio o Sal e foram deixando, ao longo dos tempos, grutas impressionantes, onde têm construído, em Sal, verdadeiras obras de arte, como diversas esculturas, uma enorme capela onde já está uma estátua de João Paulo II, com a senhora de Lourdes ao lado, feita em sal puro. Os cristais dos candelabros são igualmente em sal puro.Os polacos montaram aos 211 metros um sanatório que servia, em tempos, e provavelmente hoje, para curar doenças alérgicas - entre elas a asmaUm dia, quando me dispuser a colocar fotografias neste blogue, vou mostrar-vos alguns aspectos desta maravilha.Com todo este tempo perdido (ganho?) Krakóvia ficou para segundas núpcias. Todavia, parámos na terra natal de Karol Woytila, junto à placa com o nome:Wadowice. Foto de turista a sério. Enfim... de vez em quando há que fazer concessões, mas prometo nunca fazer daquelas excursões organizadas, com guia e tudo, horas marcadas e tudo visto a correr. Essa, não!O regresso foi bem mais rápido. Nas auto-estradas polacas paga-se quando se entra e a meio também. É um sistema que terá a sua lógica, mas que perturba quem não está habituado. Cinco Zelotes e meio, de cada vez, pelo menos no trajecto Krakóvia - Bielsko-Biala assim foi.

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