Saída de Maurach com destino a Saltzburgo. Para trás fica uma vila simpática, onde aparentemente, toda a gente vive do turismo, assim como que uma monocultura com os seus riscos.
Na estrada da parte alemã um incidente estranho: um carro não identificado manda-nos encostar. Não entendemos e continuámos. Os dois "polícias" voltam e exibem sinais claros de polícia. Parámos e, depois de constatarem, primeiro, que não éramos austríacos e depois que os papéis do carro alugado não apareciam, resolveram aplicar uma multa de 25 euros por uma infracção que ninguém percebeu.
O pessoal ficou a pensar que caiu no conto do vigário, tanto mais que o recibo da multa
Saltzburgo não vive apenas do turismo, mas gostaria e faz de tudo um pouco para que isso aconteça. Explora de uma forma exaustiva o filme "Música no Coração", exibindo jardins e palácios, escadarias e recantos, servindo aos estrangeiros uma estória que agradou pouco aos austríacos, já que ela evidenciou o apoio que Hitler recebeu - natural de Lindz - na Áustria.
Por outro lado, explora até ao limite e às vezes de forma pouco limpa a memória de Wolfwang Amadeus Mozart, um filho da terra, mas a quem a terra pouco ligou quando vivo.
Rem duas casas-museu do compositor, sendo que uma delas é um artifício e onde se conta a história da família de Amadeus, o sétimo filho de Leopoldo, também músico em Saltzburgo.
Também este pretexto de exploração turística foi muito valorizado com a realização do filme "Amadeus".
Não deixa de ser curiosa esta ligação da Áustria ao cinema. É que a imagem de país colaborador com os nazis foi bastante atenuada com a série de filmes sobre a imperatriz Sissi, um conto de fadas apenas com alguns pormenores a aproximarem-se da verdade.
De facto, Sissi não queria saber do Imperador Francisco José I e este não passava cartão a Sissi, que, inclusivé, tratou de arranjar uma casa para a amante imperial, perto do palácio , em Bad Ischl, onde o Imperador passou o Verão durante sessenta anos seguidos .
É estranha esta Áustria, com paisagens que fazem lembrar postais e com heróis verdadeiros a quem a terra não ligou em devido tempo (o caso de Mozart) e vivendo das estórias artificiais de gente de qualidade mais que duvidosa.
À imperatriz Sissi, que preferia viajar para a Madeira a ir a Bad Ischl ver Francisco José, junta-se o capitão Von Trapp, o pretexto para o "Música no Coração" e que, segundo uma sua familiar tratava-se do homem "mais sem graça que veio ao Mundo".
Esta artificialidade que se respira no país turístico pode não ter correspondência no outro, mas até agora marcou-me. Para concretizar um pouco mais e recorrendo ao cinema: aqui não seria possível, por exemplo, filmar a história de Ulisses e Penélope. Só "A branca de Neve e os Sete Anões".
Na estrada da parte alemã um incidente estranho: um carro não identificado manda-nos encostar. Não entendemos e continuámos. Os dois "polícias" voltam e exibem sinais claros de polícia. Parámos e, depois de constatarem, primeiro, que não éramos austríacos e depois que os papéis do carro alugado não apareciam, resolveram aplicar uma multa de 25 euros por uma infracção que ninguém percebeu.
O pessoal ficou a pensar que caiu no conto do vigário, tanto mais que o recibo da multa
Saltzburgo não vive apenas do turismo, mas gostaria e faz de tudo um pouco para que isso aconteça. Explora de uma forma exaustiva o filme "Música no Coração", exibindo jardins e palácios, escadarias e recantos, servindo aos estrangeiros uma estória que agradou pouco aos austríacos, já que ela evidenciou o apoio que Hitler recebeu - natural de Lindz - na Áustria.
Por outro lado, explora até ao limite e às vezes de forma pouco limpa a memória de Wolfwang Amadeus Mozart, um filho da terra, mas a quem a terra pouco ligou quando vivo.
Rem duas casas-museu do compositor, sendo que uma delas é um artifício e onde se conta a história da família de Amadeus, o sétimo filho de Leopoldo, também músico em Saltzburgo.
Também este pretexto de exploração turística foi muito valorizado com a realização do filme "Amadeus".
Não deixa de ser curiosa esta ligação da Áustria ao cinema. É que a imagem de país colaborador com os nazis foi bastante atenuada com a série de filmes sobre a imperatriz Sissi, um conto de fadas apenas com alguns pormenores a aproximarem-se da verdade.
De facto, Sissi não queria saber do Imperador Francisco José I e este não passava cartão a Sissi, que, inclusivé, tratou de arranjar uma casa para a amante imperial, perto do palácio , em Bad Ischl, onde o Imperador passou o Verão durante sessenta anos seguidos .
É estranha esta Áustria, com paisagens que fazem lembrar postais e com heróis verdadeiros a quem a terra não ligou em devido tempo (o caso de Mozart) e vivendo das estórias artificiais de gente de qualidade mais que duvidosa.
À imperatriz Sissi, que preferia viajar para a Madeira a ir a Bad Ischl ver Francisco José, junta-se o capitão Von Trapp, o pretexto para o "Música no Coração" e que, segundo uma sua familiar tratava-se do homem "mais sem graça que veio ao Mundo".
Esta artificialidade que se respira no país turístico pode não ter correspondência no outro, mas até agora marcou-me. Para concretizar um pouco mais e recorrendo ao cinema: aqui não seria possível, por exemplo, filmar a história de Ulisses e Penélope. Só "A branca de Neve e os Sete Anões".
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