Este é um espaço de opinião assente em convicções e de análise baseada em factos, alguns tornados públicos e credíveis, outros de conhecimento restrito, mas cuja credibilidade asseguramos, por razões de natureza ética e deontológica.
sábado, novembro 22, 2008
Os Banqueiros Oportunistas e o Estado Mentiroso
quarta-feira, novembro 12, 2008
Meu Reino Por Uma Ministra
O que a senhora ministra responde às perguntas dos jornalistas a propósito das manifestações dos professores é incompreensível, desonesto, falacioso e tem como único objectivo garantir que, ainda que vá recuando, a sua posição seja sempre de força.
É evidente que o primeiro-ministro é culpado porque já a devia ter demitido. Sócrates é pouco esperto porque teimoso, e mau governante porque não sabe prever e... "governar é prever".
Que ele não tenha previsto a crise financeira internacional, quando ela bailava em todos os jornais internacionais e mesmo em alguns nacionais...enfim: o homem está imbuído do espírito do poder.
Agora, que não tenha "adivinhado" que a senhora ministra lhe iria causar problemas?! É um mau gestor de recursos humanos.
Os problemas da educação, somados aos da Saúde, aos das Forças Armadas aos das pequenas e médias empresas (com acesso a créditos de 25.000€!!!!) vão dar, obviamente uma derrota eleitoral para o PS.
E quem é culpado?
Obviamente o Engenheiro José Sócrates e também caixeiro viajante ao serviço do Magalhães.
Só nos resta esperar que o PSD não fique em posição de governar.
Oremos...então!
quinta-feira, novembro 06, 2008
Estudantes E Os Tempos
Os estudantes tiveram um papel importante porque sempre estiveram ao lado de quem se sentia injustiçado. Foi assim em Portugal, como noutros países, alguns dos quais conquistaram a sua independência aceitando a generosidade dos estudantes, que, para o efeito, tiveram, em muitos casos, que abandonar os estudos.
domingo, outubro 26, 2008
Tudo Na Mesma
sexta-feira, setembro 26, 2008
A Arrogância dos Banqueiros
domingo, setembro 21, 2008
É Tempo de Pensar
sexta-feira, setembro 12, 2008
Uma Aparência Igual a Zero
sexta-feira, setembro 05, 2008
A Grande Fraude
sábado, maio 31, 2008
Ainda o Petróleo e as Gargalhadas Deles...
quarta-feira, maio 28, 2008
...Eles Riem-se
Ao mesmo tempo que se anunciam descobertas de campos petrolíferos com reservas "para mais de um monte de anos", as gasolineiras, acompanhando sempre a subida do preço do barril do petróleo, vão aumentando a gasolina o gasóleo e outros derivados.
Nunca acompanham as descidas...
Assim como não explicam que a subida é, em muitos casos, apenas uma consequência da baixa do dólar relativamente ao Euro. Aí, mais uma vez a comunicação social ajuda e não converte o valor do preço do barril do crude de dólares para euros.
Tudo isto vai acontecendo tendo como pano de fundo, por um lado um governo que, confessando a sua perda de soberania, se desculpa com a União Europeia, atribuindo-lhe - e, ao que parece, correctamente - a responsabilidade de taxar os combustíveis. A mesma União Europeia, que, considerada como uma grande potência económica, embora completamente dependente dos países produtores de petróleo, assobia para o lado e deixa correr o marfim, isto é, o dinheiro.
Outro cenário que enquadra todo este espectáculo de aumentos quase diários é o esbanjamento das principais companhias petrolíferas, exibindo, afinal, a sua enorme capacidade económica, graças aos lucros obtidos com verdadeiros assaltos às carteiras dos cidadãos pacíficos e , já agora, também parvos.
sábado, maio 24, 2008
Antes que Seja Tarde Acabe-se com o Poder da Arrogância e da Mediocridade
Ao longo dos anos - e não apenas em Portugal - o poder foi sempre arrogante, mas , ainda que raramente, esclarecido.
Durante séculos e mais séculos, a arrogância era mesmo uma prerrogativa, já que o poder era entregue por Deus a uma casta especial, superior a todos os outros. Foi necessário matar e morrer ao longo dos séculos para ridicularizar esta ideia.
Ao olhar para trás facilmente constatamos que os nossos antepassados levaram muito tempo a descobrir as mentiras que os dominaram e deles fizeram verdadeiramente animais, com a grande vantagem - para os seus donos - que podiam entender o que eles queriam.
Milhões de mortes depois, a Humanidade - uma parte dela - entendeu-se sobre a igualdade de todos os Homens, à partida. As diferenças estabelecer-se-iam ao longo da vida, de acordo com os méritos e incapacidades de cada um, salvaguardando-se, contudo, que os menos capazes não seriam desiguais nas sociedades em que viviam.
A vivência desta nova ideia foi-a revelando, todavia, como uma falácia, porque, a verdade é que, mesmo nessa pequena parte da Humanidade que adoptou o princípio da igualdade nas oportunidades, viciou o jogo, construindo sistemas que permitem a grupos determinados e sempre os mesmos, o exercício do poder.
Esta conquista feita por estes grupos, utilizando a mentira, a desonestidade e muitas vezes, a violência não assumida, determinou um poder com as mesmas características daquele outro atribuído por Deus às tais castas. Eles saem sempre beneficiados e utilizam os outros como "capachos". Por outras palavras: o poder de hoje volta a exercer-se com o objectivo único de beneficiar, já não uma casta com rosto, mas um bando de máscaras que utilizam em seu proveito a enorme capacidade de produtividade que a Humanidade entretanto criou, partido da ideia da igualdade de todos os homens.
sábado, abril 19, 2008
Rangel - outras estórias, outros perigos
Um dia destes exagerou, chamou "holigans" aos professores e algumas pessoas vieram a terreno negar que o senhor tenha autoridade moral para dizer o que quer que seja sobre aquele grupo profissional. Alguém, que não conheço, mandou para o meu e-mail e, seguramente, para outros, a estória do Emídio Rangel no Liceu Diogo Cão, onde chegou a rasgar o livro de ponto e outras barbaridades semelhantes.
Eu também não me contive e escrevi o texto que está publicado abaixo deste.
Ora, um dia destes, um amigo, que, certamente, não lê este blog mandou-me o meu texto de Abril de 2005, muito admirado porque tudo quanto estava ali escrito era verdade.
Ainda bem.
Agora que volta a falar-se do Emídio Rangel para altos cargos na RTP e outras coisas menos claras em Angola, repito aqui o texto de 2005 a que junto fotografias que ilustram alguns dos seus passos e recordam algumas das suas traições.
A primeira é um instantâneo do hastear da bandeira do MPLA no Lubango. O Rangel está na primeira fila da varanda da moradia que foi a primeira sede do então movimento de libertação naquela cidade. Como não podia deixar de ser estava junto da comitiva que tinha vindo de Luanda: o Dilolwa, o Alnaldo Pereira (Zé dos Calos) e o Pepetela. Os dois primeiros já morreram. Dilolwa suicidou-se e o Zé dos Calos acabou por ser mais um das vítimas do racismo do MPLA. O Rangel preparava-se para estar próximo do poder...
A segunda é do seu tempo da RDP, quando acompanhava governantes e se insinuava, mesmo que, para isso, fosse necessário denegrir o nome dos companheiros de profissão. Na RTP teve a coragem de ir a Espanha, sózinho, com a gravação de um programa que era trabalho de uma equipa em que ele dava pouco, concorrer a um prémio internacional - o qual ganhou.
A terceira fotografia é dos seus tempos da TSF, o homem todo poderoso, que, aproveitando-se da ingenuidade dos seus companheiros, os enganou - e de que maneira ! - quando foi o negócio com a Lusomundo...e não só. Antes já havia rumores de desvios de finanças.

Um última explicação: não voltarei a falar deste tipo e quero afirmar a quem me lê que não tenho qualquer sentimento negativo contra ele. O que acontece é que o conheço - e a alguns membros da família - e fico irritado quando percebo que ainda não entendeu que já devia ter metido a viola no saco porque corre demasiados riscos se algumas pessoas resolvem contar o que sabem.
RANGEL- As Mentiras E Omissões De Uma Estória
Costuma dizer-se que uma mentira muitas vezes repetida acaba por ser verdade: Há muitos exemplos na História e nas estórias de alguns homens públicos.Ao longo dos últimos anos, que, reparando bem, já são muitos, Emídio Rangel, quando é entrevistado, repete - sempre da mesma maneira - muitas mentiras que já fazem parte da sua biografia oficial.Não tenho nada contra o modo como ele tem construído a sua vida , a sua carreira ,e até reconheço e aprecio a sua marca nas principais mudanças na maneira de fazer Rádio e Televisão em Portugal.Por isso não me proponho analisar todas as mentiras repetidas sistematicamente - algumas delas são mesmo pequenas mentirinhas - nem alguns dos seus métodos de trabalho, onde os fins normalmente justificam os meios.Todavia, já estou cansado daquela estória - que está a virar História - da fuga heróica de Angola.A verdade é que Emídio Rangel fugiu como dezenas de milhares de outros colonos, no contexto de uma conjuntura política que não entenderam e com o medo natural de terem que suportar uma guerra que achavam não lhes dizer respeito.Estava, portanto, no seu direito - fugir.Mas, a fuga de Emídio Rangel não foi uma simples fuga. Foi, igualmente, uma traição, já que, ao contrário do que sempre vem afirmando ao longo dos anos, ele era um militante "engajado" do MPLA.Também ao contrário do que sugere em todas as entrevistas, os tiros que aconteceram na madrugada em que fugiu não eram surpresa para ele, uma vez que sabia dos planos para o início da guerra entre os então movimentos de libertação( MPLA contra UNITA/FNLA).Ele sabia dos planos e, nesse contexto, tinha assumido responsabilidades de comando de um grupo de soldados praticamente sem experiência, que acabaram por se bater sózinhos nesssa guerra, iniciada na madrugada de 20 para 21 de Agosto, altura em que ele fugiu, traindo os homens que deveria ter comandado.Apesar da fuga dele (planeada durante meses - soube-se depois), o MPLA ganhou a contenda e a 23 de Agosto UNITA/FNLA assinaram a rendição.Também contrariamente ao que ele sugere, o exército sul-africano não estava ainda em território angolano. É verdade que se tinha concentrado na fronteira, mas, do ponto de vista dele, o perigo acabava logo que passasse a linha.Quanto às ameaças - que lhe foram transmitidas "por um jornalista ainda hoje na RDP de Coimbra" não é, seguramente, mentira, mas uma verdade para dar côr à estória. É que todos os militantes do MPLA, sobretudo os que, por alguma razão especial se destacavam na vida da cidade, foram ameaçados, quer pela UNITA, quer pelas BJR's da FNLA. A alguns deles fizeram pior: ameaçaram-lhes os filhos.Só mais um pormenor relativo a esta estória, que sendo uma pequena mentira, não deixa de ser uma grande injustiça:; quem o salvou das garras da secreta sul-africana, que o tinha idenficidado como militante activo do MPLA, foi um outro colega de profissão, de nome Diamantinmo Pereira Monteiro, esse sim sem qualquer ligação política e que arriscou ficar preso em sua substituição, e por isso, teve que suportar por mais algum tempo as condições horríveis dos campos de "concentração" em que foram armazenados os colonos fugitivos de Angola.Como se vê, as omissões também fazem parte desta estória de Rangel, contada em capítulos oportunos.Além do nome de Pereira Monteiro, há o de Mário Gomes, o tal piloto que levou os pais de avião para Whindoek e o de Saraiva Coutinho, o "ainda hoje jornalista da RDP em Coimbra" .Na entrevista da revista "Sábado" que me fizeram chegar via Net, Rangel não se refere ao 25 de Abril de 1974, mas, já agora, não quero deixar passar uma outra mentira muito propalada em outras, nomeadamente uma feita por Batista Bastos. Emídio Rangel não era o director da Rádio Comercial de Angola naquela altura e, por isso, não deu instruções nenhumas para que a Revolução de Lisboa fosse noticiada.Por acaso até conheço a pessoa que era director daquela estação de rádio ao tempo e bem me lembro que ela se transformou, nesse mesmo dia, na primeira voz livre de Angola.Quanto a outras mentiras que "o velho leão" tem vindo a propalar: é preciso cuidado, porque as pessoas podem cansar-se. Tal como dizia Nheru, referindo-se à ocupação portuguesa de Goa, Damão e Diu: não se pode confundir pacifismo com cobardia.Alguém avise o Emídio que é melhor servir-se dos seus méritos, das suas qualidades de grande condutor de equipas (desde que não seja contestado), que são muitas, do que continuar a efabular com coisas que já passaram há muitos anos e que só já têm importância para os que, lembrando-as, voltam a sentir-se miseravelmente traídos. E depois, há um perigo de as verdades se trasnformarem em cerejas.E já agora: fico desejando que recupere completamente dos problemas de saúde que o têm afligido e que volte às lides, para, pelo menos, fazer justiça a alguns amigos (verdadeiros), de quem sempre se serviu para, depois, atirar para o caixote dos ostracizados, uma condição que agora reclama para si próprio, mas que não é verdadeira - outra pequena mentira...
quinta-feira, março 13, 2008
Oh! Rangel! E Se Dissesses O Que Queres?

Não sou professor, mas algém me fez chegar um texto do Emídio Rangel publicado no Correio da Manhã com um título sugestivo: "Holigans em Lisboa". Os Holigans são os 100 mil professores que vieram à capital dizer que não concordam com a Ministra, que não aceitam as suas políticas e que estão fartos.
O texto do Rangel atinge as raias da loucura. O homem já não sabe o que fazer para chamar a atenção do governo para as suas ansiedades. Ele queria ser, primeiro, director da RTP, depois, ficou com a esperança de um lugar na Administração, agora deve estar a fazer-se a outra coisa qualquer.
Que diga rapidamente o que é. Será o quinto canal? Ou secretário de estado da comunicação social, sei lá, adjunto da ministra da educação. Essa talvez não porque alguns dos professores de que ele tanto se orgulha, podem lembrar-se dele e interrogarem-se sobre a maneira lépida, veloz, ágil, perfeitamente alucinante, digna de um registo do livro do "guiness", como ele tirou o bacharelato em História.
sábado, fevereiro 09, 2008
NO ANTIGAMENTE
A indústria automóvel que irrompeu no pós guerra afirmou-se como a grande vencedora do conflito. Exigia mais e melhores ruas, mesmo que para tal se descurasse o caminho de ferro. Refilaram contra os eléctricos,porque não deixava escoar o trânsito (automóvel)!
Em Lisboa, como no Porto, o eléctrico perdeu espaço, até porque o automóvel trouxe consigo o autocarro. Depressa o trânsito se tornou uma dor de cabeça e obrigou a um incessante alargar de faixas, a improvisar estacionamentos. Pior foi ter desmantelado as linhas do eléctrico. O «metro» resolve alguns problemas, mas não é compatível com uma cidade eregida sobre colinas.
Nem será preciso falar da poluição que o automóvel fez o favor de nos trazer. E dou de barato os acidentes terríveis que chegaram com o tráfego automóvel. Como é possível pactuar com tudo isto? O automóvel tornou-se uma droga letal e o cidadão comum o pior dos toxico-dependentes,quer fume ou não.
Urge alterar o conceito de mobilidade dos cidadãos. São indispensáveis percursos próprios exclusivos para transportes colectivos, de preferência não poluentes. Que se proíba o estacionamento urbano em passeios. O cidadão apeado também é digno de ter direitos,como seja o de andar pelo seu pé sem correr risco de vida. Imaginem
que tenha uma mesa de cozinha a mais, porque a avózinha me deixou a dela em testamento.Não tenho nem sotão, nem cave. Bom, decido-me. Vou pô-la,com duas cadeiras
e um banco, no passeio,junto à árvore. Um jarro com um ramo de malmequeres,para amenizar. Querem apostar que o xui aparece num instantinho? Não posso utilizar um passeio público como é lógico e sabido. Mas se for um automóvel?...
sexta-feira, janeiro 11, 2008
IDA E VOLTA
há ir e voltar...
Caiu a Ota, viva Alcochete. Não vejo que seja tão simples como isso. Se Alcochete é melhor que a Ota,não é seguro que não exista outro espaço melhor adequado e mais em conta, sei lá, em Paio Pires ou Aljubarrota. Olhando em volta fica a ideia de que Cavaco deu uma mãozinha a Sócrates para que este pudesse desmarcar-se do propósito de Cravinho, anunciado por Gueterres. Resta agora uma outra questão: a Portela? Fica ou não fica?
Esta não é ainda uma questão. É um devaneio. Desde que o governo de Guterres anunciou a Ota, saí em defesa da Portela. Ainda ninguém me convenceu no ganho da troca. O actual aeroporto lisboeta já será exíguo, aceito,mas isso não é defeito. Arrange-se outro e escale-se o tráfego.Em Paris fizeram o C. De Gaulle mas não destruiram Orly.Por acaso até o alargaram, mas isso não interessa. Ainda dispõem de um terceiro para mercadorias, E Londres? Tem tantos que lhes perdi a conta.
Orly fecha à noite, decerto para não chatear os que não gostam de aeroportos à porta de casa, quando lhes chega o sono.
Uma parte da comunidade europeia devia achar simpático poder descer na Portela de manhã e zarpar antes do jantar. Depois a Portela que fechasse a luz e adormecesse.
A Ota ou Alcochete,mais maneirinhos, que aturassem os das jantaradas ou de horizontes longinquos.E quando o segundo ficasse curto montava-se o terceiro, não sei onde, talvez em Badajoz,para apoio de grávidas parturiáveis. Sempre se poupava nas ambulâncias.
quarta-feira, janeiro 09, 2008
O Todo e a Parte
No Ensino, a educação moral e cívica fechou-se para obras. Que bom!,que bom! Pena que o mais no Ensino tenha caminhado como caminhou e descambado no que descambou!
Hoje, o fascismo volta a andar por aí.No «DN», Batista Bastos não acredita «que Sócrates seja fascista. Mas que o fascismo andar por aí...»
As reticências valem o que valem. O cronista que tem muitos anos disto tentava, creio eu, pôr alguma contenção na crónica de António Barreto («Público») ao encostá-lo ao de leve a Pacheco Pereira, a propósito da «tendência insaciável para o despotismo e a concentração de poder» que, na sua - deles óptica, manifesta o Executivo.
Por muito respeito e simpatia que nutro pelo cronista não me inibo de recordar que o fascismo não é uma coisa,ponto final, parágrafo. É a soma dos fascistas! Sem fascistas não há fascismo!
Com toda a moderação moderada recorro à poesia alheia de forma aldrabada:
fascistas são eles todos ou ainda menos/ fascistas são eles todos desde pequenos!
E, deste modo, não se deixa Sócrates isolado. Ele sózinho não faz a Primavera.
Fez-se engenheiro. E montou um governo engenhoso.
Não, não senhor, o poeta não explicitava fascistas,bolia de burgueses.
De burgueses acomodados ou subjugados. De um tempo em que a Censura fechava às três da manhã, mas conservava a liberdade de expressão fechada a sete chaves. Os censores
sabiam, tanto ou mais que os ministros, que os burgueses da poesia eram fascistas e os fascistas propriamente ditos eram eles e os que mandavam, neles e no resto, enquanto nós ficavamos à espera da nossa vez de vir a ser ou de ficar.
É bom saber e bom lembrar que alguns dos que ficaram eram gente e gente que fez História, porque há sempre alguém que resiste...
Pois, pois, isso era dantes, como quando o QG era em Abrantes!
Agora, em democracia, já podemos ser burgueses, malteses e, às vezes, um fascismozinho desenfreado,praticado, é bom de ver, por democratas congénitos ou pior que isso.
Pacheco chegou à miséria no Estado Novo, a que sobreviveu como é sabido na democracia reinante.No passado sombrio comia o pão que o bom Diabo amassava.Mas, depois,no País reencontrado não teve dentes para saborear o pão para Deus, nem as nozes Dele.
Pudesse o defunto espreitar, enquanto ardia, e decerto estremecer de ternura ante tanto palhaço, tanto acrobata, aos pulos e aos pinotes, a botar no ar radialeiro, televiseiro ou afins as imprescindíveis chicotadas no charco.