Portugal entrou definitivamente na campanha leitoral para o ano de 2009 que se aproxima a grande velocidade. Ou, pelo menos o PS já o fez. Os outros não sabem ainda o que fazer, estão amarrados à sua própria frustração de não ser poder e de não conseguir exibir o mesmo ar arrogante que Sócrates exibe nos comícios e nas Escolas onde vai vender a banha da cobra, tecendo elogios a um sistema escolar que foi aconselhado pelo FMI a vários países para diminuirem as despesas orçamentais com a Educação.
E aquele ar do primeiro ministro que aperta a mão a toda a gente atirando o braço para o lado, sinal de que vai continuar para a frente, sempre a sorrir ( o assessor de imagem deve ter imposto o sorriso permanente- será que também fica com aquele esgar em casa?... para treinar, sei lá...), aquele ar irrita mesmo, porque me faz lembrar 1991, quando toda a gente, depois de todas as asneiradas que o Cavaco fez, dizia que o homem ia aprender uma lição com uma derrota a sério e cabou por ter uma segunda maioria absoluta que nos atirou de cangalhas. Até me arrepio a pensar que pode acontecer o mesmo.
E se acontecer o mesmo os boys PS vão imitar ainda mais o ar do chefe e vão ficar ainda mais arrogantes, insuportáveis. Se já hoje não há assessor de vogal do CA de empresa pública que não se julgue capaz de, com um simples gesto, destruir a vida de um simples cidadão, daqueles que não quer mais nada, só trabalhar, só sair do sufoco para onde os impostos e a segurança social e as propinas que às vezes tem que pagar para resolver uns assuntos mais complicados o atiraram.
Eu, tal como em 1991, estou com uma grande esperança que este povo desperte e perceba que o poder não pode estar entregue a estes trafulhas que em tempos de eleições prometem tudo e depois argumentam que "também os partidos mudam de opinião..."
Nós não podemos entregar o nosso país a esta gentalha que considera que para os ricos o Estado é só generosidade, mas para os pobres nem sequer existe...
Nós não podemos entregar as nossas crianças a estes mentirosos que estão a fazer das escolas fábricas de escravos, da nossa saúde um esquema de passagem de passaportes para o cemitério e da nossa justiça um sistema de validação do crime indiscriminado.
Nós temos que colocar um travão a estes desaforos a estas notícias que ninguém explica, a esta promiscuidade entre a política e os negócios.
E temos que começar a pensar já nisso, porque os nossos inimigos já iniciaram a estratégia de manutenção do poder. Temos que os obrigar a partilhar mas não com os outros, iguais a estes. Temos que tentar outra via. Temos de ser cidadãos responsáveis. Temos de chamar à esfera do poder outros, ainda que corramos o risco de se mostrarem iguais.
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