Sempre que o Primeiro Ministro viaja leva consigo um batalhão de empresários. Para os países produtores de petróleo é sabido que vai o presidente da Galp, um tal não sei quantos Ferreira, que lá faz os seus negócios com a cobertura das máximas autoridades portugueses.
É o que basta para os basbaques dos nossos jornalistas - alguns(mas) não se sabe o que vão fazer nestas viagens - se congratulem e lancem montes de foguetes para saudarem os neggócios que "a petrolífera NACIONAL" fez.
Qual nacional qual carapuça... A GALP é uma companhia multinacional tal como as outras e os negócios que faz com o aval do Estado português têm como único objectivo garantir reservas e mais reservas de crude que eles venderão agora e no futuro aos preços mais altos para satisfazer os seus accionistas, a maioria dos quais são estrangeiros.
Por isso, não percebo a protecção do Estado a estes grandes empresários, que, são, afinal, meros administradores de capitais internacionais. Não percebo porque é que o Primeiro Ministro não leva nas suas viagens de caixeiro viajante os pequenos e médios empresários portugueses - esses sim, a precisarem de apoio para se internacionalizarem e criarem riqueza verdadeiramente nacional.
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