terça-feira, novembro 01, 2005

As Associações de Mal-feitores

Este país não deixa de me espantar. Confesso que, de vez em quando, sinto mesmo a minha alma "ficar parva".
Enfim, para não concluir que a minha terra é uma espécie de Chigago dos anos 20 transposta para o sec.XXI, admito que os assaltos se verificam um pouco por todo o Mundo.
Mas, eu conto:
recebi hoje uma carta de uma empresa totalmente desconhecida para mim a comunicar-me que o meu seguro de vida , subscrito em determinada Companhia de Seguros sofreu um acréscidmo de cerca de 3 por cento, "em função da análise dos elementos indicados no questionário clínico e dos resultados dos exames médicos realizados..."
A carta acrescenta que, no caso de querer algum esclarecimento, me devo dirigir a um sr. dr. da citada companhia de seguros, numa outra direcção, perfeitamente distinta daquela que indica o endereço de quem me comunica o tal aumento.
A carta é assinada por um outro senhor e não por aquele que, supostamente, me dará os esclarecimentos que lhe vou pedir.
E os esclarecimentos a pedir são muito fáceis: quando e quem me realizou exames médidos ou me fez inquéritos? A resposta só pode ser: ninguém, em tempo algum.
Isto é ou não um assalto, uma trama combinada entre vários agentes, com endereços e responsáveis diversificados? Isto é ou não o indício de que o roubo institucional, assegurado pelas companhias de seguros, já passou à classe de práticas de associações de mal-feitores?
O Procurador Geral da República faz o quê nestas circunstâncias? Pode fazer alguma coisa? É seguro viver em Portugal?

1 comentário:

Rita disse...

É este o país onde vivemos... a minha avó já faleceu há uns largos anos e no ano passado ainda chegou lá a casa o cartão da adse dela... SURREAL, NO MINIMO...