terça-feira, fevereiro 07, 2006

NÃO FAZEI ONDAS...

Alguns jornais, pasquinados ou afins, entenderam denunciar, como vileza, que o primeiro-ministro dispunha de uma «Secreta» secretíssima. E tanto que só ele,Sócrates e os jornais é que sabiam. Também sabiam os polícias vulgares de lineu. A minha avó não sabia, juro que não sabia, de contrário ela havia de me ter contado, a mim e às dezassete amigas que ainda conserva. O neto dela borrifa-se. E mais: acha muito bem que o chefe do governo governe com terra à vista e possua a sua (dele) Companhia de Investigação Avisada (convém uma sigla discreta!) longe do Parlamento. E por uma razão simples: se o Parlamento soubesse da «Secreta» não seria secreta porra nenhuma. Conhecem, vossas mercês, algum deputado que não fale (cá fora) muito ou demais? Bom... e lá dentro? Entre muros sussurram por todos os corredores. Cada um deles haveria de exigir dois «secretas» só para si. Um para vigiar a direita e o outro para circunscrever, ou coisa parecida, a esquerda. Do centro já ninguém quer saber. Estão a ver: lá se
ia o santo equilíbrio orçamental...
Era bom, sim senhor, que Sócrates dispusesse de uma «Secreta» desconhecida, atenta aos devaneios de alguns nuevos ibéricos que por aí cirandam aos vivas e aos olés ou à multiplicação de coelhos ruidosos e seus acoelhados estratégicos. Novas seitas, novos bandos a exigir cautelas e caldos de galinha, convenientemente secretos.
E, claro, escutar, escutar imenso. Sobretudo magistrados, juizes e similares, designadamente adjuntos e equiparados. Convirá, de vez em quando, escutar o inquilino de Belém, não vá ele amuar por ser deixado de fora! E, bem entendido, ouvir especialmente o primeiro-ministro, ele mesmo, de modo a testemunhar que ele nunca diz nada - só fala!
E tenho dito.
A Bem da Nação
O cronista ateu, que não é venerador nem obrigado.

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