No próximo domingo vai haver eleições para o chamado "poder local", uma das mais importantes conquistas da revolução de Abril. Graças a ela e à lei das finanças locais promulgada por António Guterres, os autarcas ficaram, em Portugal, com o estranho poder de "cunhar moeda". Isto é, um presidente da Câmara, ao alterar o chamado PDM, pode transformar um terreno sem serventia, que nada vale, numa verdadeira mina de ouro. Basta que trace naquele local uma urbanização. Quantas há por aí, já com luz eléctrica, água instaladas, mas sem casas. Basta percorrer algumas das auto-estradas que ligam as grandes cidades...
E essa "moeda cunhada" tem valor real, não é apenas conversa. Pense-se na provável fortuna acumulada pelo candidato contra tudo e todos à Câmara de Oeiras, Isaltino de Morais, nas benesses adquiridas por Santana Lopes no tráfico de influências na promessa de compra de terrenos, na instalação de equipamentos sociais, de lazer, o que quer que seja.
As eleições autárquicas são o jogo do pouco dinheiro, que, somado ,dá muito. Atente-se, por exemplo, no caso de Mafra. O actual e, de certeza, futuro presidente da Câmara constituiu uma rede de interesses tão complexa e tão firrme que ninguém o vai deixar cair. Toda a gente é cúmplice. Eu não me admiraria mesmo que alguns dos socialistas que andam empenhados na campanha contra ele, na hora do voto votassem contra si próprios, a favor dos seus interesses.
Cá por mim, que vou votar, como sempre (lutei muito para que tal direito me fosse permitido) vou anular o meu voto com a eguinte frase: " este já é o referendo para o aborto?"
E essa "moeda cunhada" tem valor real, não é apenas conversa. Pense-se na provável fortuna acumulada pelo candidato contra tudo e todos à Câmara de Oeiras, Isaltino de Morais, nas benesses adquiridas por Santana Lopes no tráfico de influências na promessa de compra de terrenos, na instalação de equipamentos sociais, de lazer, o que quer que seja.
As eleições autárquicas são o jogo do pouco dinheiro, que, somado ,dá muito. Atente-se, por exemplo, no caso de Mafra. O actual e, de certeza, futuro presidente da Câmara constituiu uma rede de interesses tão complexa e tão firrme que ninguém o vai deixar cair. Toda a gente é cúmplice. Eu não me admiraria mesmo que alguns dos socialistas que andam empenhados na campanha contra ele, na hora do voto votassem contra si próprios, a favor dos seus interesses.
Cá por mim, que vou votar, como sempre (lutei muito para que tal direito me fosse permitido) vou anular o meu voto com a eguinte frase: " este já é o referendo para o aborto?"
1 comentário:
... faz todo o sentido! Afinal os candidatos não passam de uma cambada de "abortos"!
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