Já o disse várias vezes: não compro jornais, não ouço noticiários nas Rádios e nas Televisões. Mas, de vez em quando, apanho aqui e ali umas conversas. Chegou-me uma sobre o nervosismo dos militares que querem manifestar-se não sei bem contra o quê. Acho que querem reformar-se ainda a tempo de poderem fazer uns biscates de segurança no Iraque ou na recepção de uma das grandes empresas nacionais, sei lá, qualquer coisa.
Eu fico-me a perguntar: para que precisamos nós da tropa? Dantes, ainda se percebia: no fundo, recebiam os mancebos e ensinavam-lhes algumas coisas, como uma certa disciplina, a ideia de pátria, a ideia de comunidade, a necessidade de coesão, essas coisas que já ninguém aprende em parte nenhuma, como o hino nacional (imperialista embora, mas nacional), os valores republicanos, o respeito devido aos mais velhos, aos pais e aos representantes do povo.
Mas, agora que já só vai para lá quem quer fazer daquilo profissão, para que queremos nós a tropa? Será que vão ficar mercenários a sério e conseguir, por exemplo, ir a Nova Yorque resolver os problemas que a polícia dos States cria aos nossos compatriotas com ar...assim meio suspeito, de que podem ser árabes?
Será que esses militares, voluntários, mercenários, nos podem resolver o problema do corte de rede nas proximidades da embaixada dos Estados Unidos em Lisboa, onde as chamadas caem todas?
Que mais problemas podem esses militares resolver? Talvez acabar com tantos generais e coroneis e majores e capitães, eu sei lá...
Eu cá não percebo mesmo nada de tropa e continuo a pensar que os quatro anos da minha vida que passei entre vago-mestres espertos e comandantes de regimento-mestres-de-obra me deviam ser indemnizados. O Estado devia pagar-me um a indemnização que me permitisse esquecer totalmente aqueles tempos. Oh tropa! Por amor de Deus... e se se calassem?!
1 comentário:
Boa. Tropa é para estar calada. Façam o papel deles, agora nenhum, e não chateiem.Não percebo tanto argumento. Não fazem nada, nada contribuem, negoceiam no intervalo do jogging e da má língua, e ainda prtendem a manutenção de previlégios que o contribuinte não pode pagar. E não se arranja um despedimento por justa causa?
Enviar um comentário