Chega Setembro e a desgraça multiplica-se, isto é, ninguém paga nada a a ninguém. Em Portugal, a maior parte do ano é assim: toda a gente diz que paga amanhã, mas, a partir de Setembro, a toda a gente juntam-se as grandes empresas, mesmo as cotadas na Bolsa de Valores e, que por isso, têm que pagar aos seus fornecedores num prazo máximo de 60 dias.
Como os respectivos administradores precisam de chegar ao fim do ano com números que lhes permitam justificar os chorudos auto-prémios sacrificam, para isso, os pagamentos devidos seja a quem for. Muitas vezes a pequenas empresas que não aguentam de Setembro até Dezembro sem receber o que lhes é devido. E, por outro lado, não podem recorrer a sistemas coercivos de cobranças porque têm medo de perder os clientes.
É assim o Portugal dos negócios e das contas. Uma vergonha!
PS - Numa outra hora, depois de ter lido este pequeno texto, reparei que não tinha falado da vergonha das vergonhas: do Estado, a tal pessoa de bem que não paga a horas, que é responsável pela falência de milhares de empresas todos os anos e que acoberta em jogos escuros o pagamento de benefícios indevidos.
A esse propósito, acho, por exemplo que deveria ser feita uma inspecção séria ao que se passa com os órgãos superiores da administração da Casa Pia em que a Provedora e respectivos adjuntos têm privilégios inomináveis.
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