Portugal, em pouco mais de dez anos, passou de uma economia cujos fundamentos eram governados, determinados e definidos pelo Estado para um sistema de capitalismo mais ou menos selvagem, instalado em cima da ideia generosa de um capitalismo popular, em que todos, mesmo os trabalhadores de menores rendimentos, poderiam partilhar a propriedade dos grandes colossos económicos.
O processo de privatização das grandes empresas públicas – que ainda não terminou – foi uma fase que resultou na apropriação dessas grandes empresas por grupos económicos que, servindo-se da dispersão do capital, utilizavam e utilizam a sua concentração de votos e o alheamento da maioria para impor as suas leis e retirar benefícios, muitas vezes ilícitos.
Com a Oferta de Aquisição Pública (OPA) de Belmiro de Azevedo sobre a Portugal Telecom, o maior grupo empresarial português, entrámos numa outra fase da transformação da organização económica nacional. Aqui já o papel do Estado é posto em causa e os pequenos capitalistas desprezados e tidos apenas como instrumentos a quem, facilmente, se pode virar a favor ou contra um dos contendores.
Porque, de facto, esta OPA é uma contenda, quase uma guerra, com um palco privilegiado, a Bolsa.
Os grandes espectáculos de comunicação levados a cabo por Belmiro de Azevedo e pelo Conselho de Administração da PT têm o mesmo alvo, mas os processos utilizados são errados. Nenhum deles acreditou alguma vez na capacidade de os pequenos accionistas decidirem da venda ou manutenção das suas acções por uma outra razão que não um pequeno ganho financeiro. São pobres…pensam eles
A verdade é que os pequenos accionistas podem decidir – desta vez – para que lado penderá a balança.
Basta, para tanto, que não tenham vergonha do pequeno número das acções que têm e que exijam ser esclarecidos, quer por Belmiro de Azevedo, quer pela Comissão Executiva da PT de algumas coisas importantes.
Entre elas não conta, por exemplo, saber quem está por detrás da Sonae, se a Deutchtelekom se outra coisa qualquer.Mais tarde ou mais cedo o grupo PT será recordado como mais um projecto que passou, como o ouro do Brasil, a pimenta do Oriente e os milhões da CEE.
Interessa sobretudo que Belmiro de Azevedo esclareça se as acções dos pequenos accionistas lhe vão servir mais do que de entesouramento. Se a empresa, nas suas mãos, vai finalmente, servir para instalar os instrumentos necessários ao advento da sociedade de informação, tanto em Lisboa como em Freixo-de-Espada-à-Cinta, se a alienação de uma das redes significa melhoria na prestação de serviços a mais baixo preço.
Os mesmos esclarecimentos são necessários da PT, cuja comunicação interna é um reflexo da atitude arrogante do seu actual Conselho de Administração, já que, mesmo dentro da empresa, só considera os que, provavelmente, têm um volume importante de acções.
O processo de privatização das grandes empresas públicas – que ainda não terminou – foi uma fase que resultou na apropriação dessas grandes empresas por grupos económicos que, servindo-se da dispersão do capital, utilizavam e utilizam a sua concentração de votos e o alheamento da maioria para impor as suas leis e retirar benefícios, muitas vezes ilícitos.
Com a Oferta de Aquisição Pública (OPA) de Belmiro de Azevedo sobre a Portugal Telecom, o maior grupo empresarial português, entrámos numa outra fase da transformação da organização económica nacional. Aqui já o papel do Estado é posto em causa e os pequenos capitalistas desprezados e tidos apenas como instrumentos a quem, facilmente, se pode virar a favor ou contra um dos contendores.
Porque, de facto, esta OPA é uma contenda, quase uma guerra, com um palco privilegiado, a Bolsa.
Os grandes espectáculos de comunicação levados a cabo por Belmiro de Azevedo e pelo Conselho de Administração da PT têm o mesmo alvo, mas os processos utilizados são errados. Nenhum deles acreditou alguma vez na capacidade de os pequenos accionistas decidirem da venda ou manutenção das suas acções por uma outra razão que não um pequeno ganho financeiro. São pobres…pensam eles
A verdade é que os pequenos accionistas podem decidir – desta vez – para que lado penderá a balança.
Basta, para tanto, que não tenham vergonha do pequeno número das acções que têm e que exijam ser esclarecidos, quer por Belmiro de Azevedo, quer pela Comissão Executiva da PT de algumas coisas importantes.
Entre elas não conta, por exemplo, saber quem está por detrás da Sonae, se a Deutchtelekom se outra coisa qualquer.Mais tarde ou mais cedo o grupo PT será recordado como mais um projecto que passou, como o ouro do Brasil, a pimenta do Oriente e os milhões da CEE.
Interessa sobretudo que Belmiro de Azevedo esclareça se as acções dos pequenos accionistas lhe vão servir mais do que de entesouramento. Se a empresa, nas suas mãos, vai finalmente, servir para instalar os instrumentos necessários ao advento da sociedade de informação, tanto em Lisboa como em Freixo-de-Espada-à-Cinta, se a alienação de uma das redes significa melhoria na prestação de serviços a mais baixo preço.
Os mesmos esclarecimentos são necessários da PT, cuja comunicação interna é um reflexo da atitude arrogante do seu actual Conselho de Administração, já que, mesmo dentro da empresa, só considera os que, provavelmente, têm um volume importante de acções.
Do Governo, os pequenos accionistas devem exigir que esclareça o que vai acontecer num caso ou noutro: se a OPA for ganhadora, os pequenos accionistas precisam saber se o Grupo PT vai ficar parado para poder financiar a operação, isto é, se Belmiro vai pagar a PT como dinheiro ganho pela PT
Os pequenos accionistas, que além disso são trabalhadores da PT precisam saber da Sonae muito mais coisas. Por exemplo, o que vai ser feito com o seu fundo de pensões, se os seus direitos vão ser respeitados, se as suas organizações sindicais podem desenvolver a sua acção, etc.
Da parte do governo, os pequenos accionistas precisam saber se há acordo quanto à substituição deste Conselho de Administração por um outro, que é um verdadeiro clone do que agora termina o seu mandato, no caso de a OPA não sair vitoriosa. Na outra hipótese, os pequenos accionistas precisam saber se ela resulta em benefício para os clientes e se as instâncias responsáveis por zelar por esse desiderato vão ser accionadas em caso de não cumprimento das leis da concorrência.
Sem comentários:
Enviar um comentário