segunda-feira, março 13, 2006

O Mundo dos Negócios Ensandeceu

Falava-se...falava-se, mas não havia nada de concreto. De repente, o BCP, coma ajuda de Bento XVI e a benção do JPII avançou sobre os ímpios do BPI - o meu Banco, o Banco que, apesar de tudo, tem um comportamento mais ético, é o menos explorador, presta contas certinhas, essas coisas de que toda a gente gosta...
Uma OPA do BCP de Jardim Gonçalves (Opus Dei) e de outro, cujo nome ainda não sei mas que tem mais ar de sacristão do que o próprio Jardim Gonçalves sobre o BPI.
E o que é que aconteceu? O mercado, o "sacrossanto" mercado reagiu a favor do BPI, fazendo subir as suas acções mais de 25 por cento.
Como é que vão resolver este problema todos aqueles senhores que ganham não uma pipa mas um tonel de massa para dizer coisas inteligentes, tomar decisões certeiras e, de repente, percebem que o mercado não os percebe?
O mesmo está a acontecer a Belmiro de Azevedo. Afinal, a sua tão cantada capacidade de gestão deu resultados muito maus para as várias SONAE'S, o que vem demonstrar a sua inequívoca vocação para merceeiro, porque, apesar da "Escola de Chicago" o aconselhar, ainda não conseguiu desfazer-se do negócio de distribuição - afinal a sua grande tesouraria.
O entusiasmo da Bolsa de Valores de Lisboa tem-se revelado como uma sessão de fogo de pólvora seca.
Algumas notas de rodapé: ao salientar o carácter merceeiro do engº Belmiro, que, ao contrário do que a sua propaganda acentua, não lê um livro há anos, não estou a defender o novo Conselho de Administração da PT - a maior parte dos seus membros nem merceeiros conseguiria ser... Espero, de resto, que o Estado recuse este CA para a PT, já que é um núcleo lacaio do BES.
Já agora: por que razão não tentou o BCP uma OPA sobre o BES ?- um hiopótese muito falada. Será que os homens da Opus Dei tiveram medo de descobrir o diabo por detrás dos cofres que a Judiciária encontrou fechados nas casas de altos funcionários de Ricardo Salgado, sem que estes tivessem, sequer, acesso aos respectivos segredos de abertura?
Por que razão a Judiciária ficou, de repente, sem meios para a investigação dos crimes económicos?

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