quinta-feira, janeiro 12, 2006

As Manobras de Bastidores

Apareceu na Televisão Portuguesa um anúncio da PT, com o Hino Nacional em fundo e com muita gente com ar sério, divertido ou sem ar nenhum. Um clamor de protestos e contraprotestos se levantou contra e a favor do uso do Hino Nacional em anúncio publicitário, para dizer que o Grupo Portugal Telecom é o que mais investe em Portugal.
Nada me move contra o uso do Hino Nacional, mas acho o tal anuncio de uma piroseira indizível. Uma pepineira, uma saloiíce. Tanto mais que as aparências, no que concerne ao investimento não confirmam o texto, já que o Grupo tem sido o que mais postos de trabalho tem eliminado e deixou, claramente, de investir em infraestruturas, tendo-se transformado numa empresa de especulação financeira, que paga o mais tarde possível e recebe o mais cedo possível.
Por outro lado, transformou um dos seus administradores numa espécie de globetrotter da destruição, porque tem corrido todas as empresas do grupo e, por onde passa deixa um rasto de destruição inapagável.
Refiro o venerável Zenal Bava, que deu cabo da PT Multimédia, da TVCabo, da PT Comunicações e agora se prepara para levar a sua gente, toda sem papéis e sem qualificações muito claras para a TMN, onde obviamente, vai instituir os seus métodos de gestão mais ou menos aterrorizadores, os mesmos que implantou por todo o lado, incluindo na PT Pro, a empresa que criou para dificultar o mais possível a vida dos trabalhadores do grupo
Pelo menos na TMN já está toda a gente assustada.
Que motivos estarão por detrás desta destruição sistemática de um grupo que já tem que recorrer ao Hino Nacional para se posicionar no campo da imagem?
Estará o Grupo PT a ser preparado para ser cada vez mais barato e ser vendido à Telefónica com a intermediação do BES?
É que tudo quanto o engº Bava faz - mesmo quando debita as contas do supermercado na contabilidade da empresa - tem o aval do BES.

1 comentário:

CN disse...

as leis do capitalismo são implacáveis. quem as executa não quer saber de angústias alheias. cada trabalhador a menos, é mais meio ponto que a empresa sobe na cotação da bolsa e isso é que interessa. por cada despedido, mais valiosa fica a empresa.
um dia despedem-nos a todos...