Costumava vê-los, da janela das águas-furtadas onde morava morei na infância. A maior parte deles eram as canoas do Tejo à mistura com cacilheiros e umas quantas fragatas ancoradas. Muitas gaivotas a esvoaçar. O meu pai pagava duzentos e vinte paus de renda. Eu ia de manhã para a escola primária, na rua das Gaivotas, ao Conde-Barão. Ia a pé e, no entanto, o eléctrico custava cinco tostões. O «Mosquito» também. E ficam a perceber melhor a razão pela qual ia a pé.
Mas o título não tem a ver com isto. É mais sinónimo de «ficar a xuxar no dedo», que é como se fica quando se vai «no embrulho». Esta manhã, por exemplo, o «DN» deixava entender que o presidente do «metro» era um enorme malandro. O visado apressou-se a explicar que nem por isso. O sr. Vieira também disse que o Simão não saía...
Houve em tempos um sujeito que passava o tempo de lanterna na mão à procura da verdade ou da virtude ou uma coisa dessas, dessas a que já não se liga. No tempo dele, o petróleo era baratucho, mas mesmo assim a busca deu em nada.
Mas é ligeiramente diferente quando acontece connosco ou comigo, para ser mais específico. É que...
Pois, isso mesmo, comprei o «DN» esta manhã. Mas tinha uma boa razão: o sudoku de ontem.
Fiquei pendurado. Troquei um número qualquer e não arrangei meio de alinhar. Resolvi punir-me e ir espreitar a solução. E comprei o pasquim. Lixaram-me. A solução não era a do problema de ontem. Eles diziam que sim, que era de ontem, mas não era. E zanguei-me: então esta gente anda a enganar-me, a extorquir-me centimos que me fazem falta e ainda diz mal dos outros!
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