Nos últimos anos, por esta altura, as emissões televisivas já estavam em chamas. Qualquer incêndio dava direito a directos, a repetição de imagens, as mais dramáticas, um verdadeiro festival do inferno.
Felizmente, este ano a "época dos incêndios" está atrasada. As condições climatéricas não são propícias, nem aos incêndios naturais, nem aos provocados por loucos ou criminosos.
Este facto parece ter perturbado as perspectivas de alinhamento dos noticiários das televisões, que, entretanto, têm recorrido a um estratagema que já deveria ter sido condenado por quem de direito. Como não há incêndios em directo, recorrem, a propósito de tudo e nada, à recapitulação dos incêndios dos últimos anos, sobretudo dos mais dramáticos.
Esta atitude parece uma provocação: "então, vocês, os incendiários, onde estão?...estamos à vossa espera...sabem? é que é difícil investigar para obter notícias nacionais e as internacionais custam dinheiro...os incêndios também ajudam a resolver o problema das férias dos jornalistas e de muito mais gente...vamos nisso!
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