Pessoalmente não me importava que a «justiça» não fosse cega, nem fosse surda ou até que botasse, de vez em quando, o seu palavrão. Preferia mais que fosse expedita, eficaz e, de vez em quando, justa. As mais das veses o clube dos magistrados «joga» como o Benfica: para os lados, para trás e para fora. Raramente nos jogos grandes, a Justiça, chega aos golos. Frequentemente nem entra em campo, esconde-se no balneário.
Ainda admiti que um pacto a dois, novinho em folha, podia ser como um treinador novo: tirar dois defesas para povoar o meio campo e reforçar o ataque. Ilusão, pura.
Não vamos saber nunca se o senhor Pedroso foi ou não foi, se os outros que tais são ou não são o que se diz que são. Afinal o que moveu a dupla da maioria alargada foi evitar que pessoas políticas e afins voltem a ser molestadas e incomodadas por magistrados sem sono. Nem os telefones das pessoas importantes usados para escutas.
Teria preferido ficar a saber que qualquer apressado automobilista que atropele (e mate) uma senhora numa passagem para peões não volte a ter direito a ser condenado a dois anos de prisão com pena suspensa; que um infeliz peão que venha a ser atropelado nas Amoreiras e fique paralizado para o resto da vida não volte a ter de esperar anos e anos e anos pela setença e, sobretudo, pela justiça. De facto, têm razão os que creem que a Justiça é como a água benta: cada qual toma a que quer. Ainda há dias li que duas funcionárias de uma escola-albergue
de índole religiosa que denunciaram maus tratos exercidos sobre alunos foram despedidas. Mas deviam ser aconselhadas a evitar as imediações de outro centro de reabilitação de menores do Norte onde os garotos, coitados, se entregam a brincadeiras trágicas. Valeu-lhes o sentido pedagógico e humanista do juiz. Deve ser preciso ler muito para perceber a juventude descolarizada como a de um juiz do Sul, mais para os nossos lados, que não julgou por homicídio
o jovem de 17 anos que violou, não sei com que carinho, um menino de seis, que acabou por morrer. O autor da violência não teve, concluiu o juiz, intenção de matar. Talvez o garoto mais pequeno não tivesse intenção de morrer, mas isso que interessa se desde ontem a Justiça mudou: Pedroso algum jamais será incomodado...
Ainda admiti que um pacto a dois, novinho em folha, podia ser como um treinador novo: tirar dois defesas para povoar o meio campo e reforçar o ataque. Ilusão, pura.
Não vamos saber nunca se o senhor Pedroso foi ou não foi, se os outros que tais são ou não são o que se diz que são. Afinal o que moveu a dupla da maioria alargada foi evitar que pessoas políticas e afins voltem a ser molestadas e incomodadas por magistrados sem sono. Nem os telefones das pessoas importantes usados para escutas.
Teria preferido ficar a saber que qualquer apressado automobilista que atropele (e mate) uma senhora numa passagem para peões não volte a ter direito a ser condenado a dois anos de prisão com pena suspensa; que um infeliz peão que venha a ser atropelado nas Amoreiras e fique paralizado para o resto da vida não volte a ter de esperar anos e anos e anos pela setença e, sobretudo, pela justiça. De facto, têm razão os que creem que a Justiça é como a água benta: cada qual toma a que quer. Ainda há dias li que duas funcionárias de uma escola-albergue
de índole religiosa que denunciaram maus tratos exercidos sobre alunos foram despedidas. Mas deviam ser aconselhadas a evitar as imediações de outro centro de reabilitação de menores do Norte onde os garotos, coitados, se entregam a brincadeiras trágicas. Valeu-lhes o sentido pedagógico e humanista do juiz. Deve ser preciso ler muito para perceber a juventude descolarizada como a de um juiz do Sul, mais para os nossos lados, que não julgou por homicídio
o jovem de 17 anos que violou, não sei com que carinho, um menino de seis, que acabou por morrer. O autor da violência não teve, concluiu o juiz, intenção de matar. Talvez o garoto mais pequeno não tivesse intenção de morrer, mas isso que interessa se desde ontem a Justiça mudou: Pedroso algum jamais será incomodado...
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