Já confessei que a ler jornais não vou lá, não entendo este mundo que me rodeia. Volta que não volta espanto-me, como me aconteceu em Paris, face à aterradora má vontade da comunicação social para com Sarkosy, desde que tomou posse da presidência. E como já vos contei não levou muito a perceber que não era o personagem em si, recentemente eleito, que estava em causa, mas a carência de temas apelativos que conduzam à compra, ou à venda, se preferirem, de jornais.
Como acontece noutros países, a oposição francesa está em crise aguda. Praticamente não existe. Melhor dizendo: existe mas fracturada, desiludida e descomandada! Façam o favor de notar que estou a referir-me especificamente a França. Nem me ocorrem outras crises do género pelas proximidades!
Não tardou que outra, noutro Continente, nos pusesse no mesmo rumo: a premência de vender papel. Nada melhor do que trazer à ribalta política o decote de Hilary Clinton. Mas desta vez reclamo: gaita, na foto dos jornais cá do burgo nem um bocadinho do decote se vislumbra. Mas que raio de história! Para que Diabo as mulheres têm mamas se não é para encher decote? Oh!Oh! como era diferente nos tempos de Kennedy! Esse até a Marylin consumia sem que jornais e jornalistas dessem um pio!
De facto, parece que falta jeito a muita gente para vender jornais.
Vale que por cá tudo bem. Os jornais vendem pouco e os gratuitos vão sobrando. Um dos matutinos pôs no lixo o soduku e as cruazadas; o vizinho alargou o espaço. Na estação onde apanhei o comboio vendem só o matutino que não e como não sabia, lá tive que ler o jornal e ficar a saber que «o cabo só deve cumprir 12 anos e meio»! É,claro, uma conclusão filha da mãe, mas os jornais, agora, são assim, cheios de criatividade. Como o juiz não fez o favor de arranjar uma condenação minúscula, que permitisse uma parangona a toda a largura, houve que improvisar...
Mas a Justiça não está livre, de facto, de ser posta em causa. Nem tanto pelos juizes e por algumas sentenças, mas por tudo à volta. Não se pode revelar o nome do menor que matou o irmão mais novo, mas como não é proíbido, por certo, divulgar o nome da vítima.
Permite-se, por exemplo, às televisões, entrevistar criminosos confessos ou acusados, como aconteceu com um religioso que assassinou um jovem na Madeira e já condenado, numa saída precária participou num programa de TV vergonhoso, que incluia uma maquineta detectora de falsidades. Narcisicamente, o criminoso saiu «inocentado». Na precária seguinte,o recluso sumiu-se com a mãe para o Brasil, via Espanha.
Este mais recente, também foi à TV dias antes do julgamento e acusou o vizinho, como quem vende banha da cobra.
Matar uma jovem e deitá-la ao poço é uma coisa, matar, atropelando uma jovem que atravessava a rua, na passagem para peões, é capaz de ser outra, mesmo que o tribunal tenha entendido condenar o automobilista em dois anos de prisão. Mas com pena suspensa!
Até para matar pessoas é preciso sorte e jeito.
Se um tipo acreditar nas paragonas dos jornais pode fazer projectos, pesando prós e contras.
Matar a vizinha do rés-do-chão, que é uma chata, custará quanto? Dez anos? Doze? Se for com carro talvez seja mais barato que matar à machadada. Se alegar que foi ela que pediu, haverá desconto? Poderá negociar-se a dispensa de recurso em troca de duas «precárias» por semana?
Parece uma espécie de roda da sorte, em que tudo é possível e nada está determinado. Um juiz diz vinte cinco, e o repórter contrapõe. 12 e meio!
Se já não há ética, que se ponha ordem...
Como acontece noutros países, a oposição francesa está em crise aguda. Praticamente não existe. Melhor dizendo: existe mas fracturada, desiludida e descomandada! Façam o favor de notar que estou a referir-me especificamente a França. Nem me ocorrem outras crises do género pelas proximidades!
Não tardou que outra, noutro Continente, nos pusesse no mesmo rumo: a premência de vender papel. Nada melhor do que trazer à ribalta política o decote de Hilary Clinton. Mas desta vez reclamo: gaita, na foto dos jornais cá do burgo nem um bocadinho do decote se vislumbra. Mas que raio de história! Para que Diabo as mulheres têm mamas se não é para encher decote? Oh!Oh! como era diferente nos tempos de Kennedy! Esse até a Marylin consumia sem que jornais e jornalistas dessem um pio!
De facto, parece que falta jeito a muita gente para vender jornais.
Vale que por cá tudo bem. Os jornais vendem pouco e os gratuitos vão sobrando. Um dos matutinos pôs no lixo o soduku e as cruazadas; o vizinho alargou o espaço. Na estação onde apanhei o comboio vendem só o matutino que não e como não sabia, lá tive que ler o jornal e ficar a saber que «o cabo só deve cumprir 12 anos e meio»! É,claro, uma conclusão filha da mãe, mas os jornais, agora, são assim, cheios de criatividade. Como o juiz não fez o favor de arranjar uma condenação minúscula, que permitisse uma parangona a toda a largura, houve que improvisar...
Mas a Justiça não está livre, de facto, de ser posta em causa. Nem tanto pelos juizes e por algumas sentenças, mas por tudo à volta. Não se pode revelar o nome do menor que matou o irmão mais novo, mas como não é proíbido, por certo, divulgar o nome da vítima.
Permite-se, por exemplo, às televisões, entrevistar criminosos confessos ou acusados, como aconteceu com um religioso que assassinou um jovem na Madeira e já condenado, numa saída precária participou num programa de TV vergonhoso, que incluia uma maquineta detectora de falsidades. Narcisicamente, o criminoso saiu «inocentado». Na precária seguinte,o recluso sumiu-se com a mãe para o Brasil, via Espanha.
Este mais recente, também foi à TV dias antes do julgamento e acusou o vizinho, como quem vende banha da cobra.
Matar uma jovem e deitá-la ao poço é uma coisa, matar, atropelando uma jovem que atravessava a rua, na passagem para peões, é capaz de ser outra, mesmo que o tribunal tenha entendido condenar o automobilista em dois anos de prisão. Mas com pena suspensa!
Até para matar pessoas é preciso sorte e jeito.
Se um tipo acreditar nas paragonas dos jornais pode fazer projectos, pesando prós e contras.
Matar a vizinha do rés-do-chão, que é uma chata, custará quanto? Dez anos? Doze? Se for com carro talvez seja mais barato que matar à machadada. Se alegar que foi ela que pediu, haverá desconto? Poderá negociar-se a dispensa de recurso em troca de duas «precárias» por semana?
Parece uma espécie de roda da sorte, em que tudo é possível e nada está determinado. Um juiz diz vinte cinco, e o repórter contrapõe. 12 e meio!
Se já não há ética, que se ponha ordem...
Sem comentários:
Enviar um comentário