terça-feira, maio 05, 2009

Maiorias Absolutas, Blocos Centrais, as Maningâncias do Costume

Falemos de eleições legislativas para as quais já se aventam os cenários costumeiros, sempre avançados pela mesma gente ou pelos seus representantes. Perante a certeza de que o PS jamais obterá uma maioria absoluta, aparecem os representantes da mesma moeda a sugerir que talvez eles, os do PSD a consigam.
Caso contrário - já o sugeriu o Presidente da República, já o defendem jornais, televisões e rádios e até já Jorge Sampaio se pronunciou a favor - uma coligação dos chamados dois maiores partidos para um governo "forte".
O que será para esta gente, um governo forte? Aquele que governa contra as pessoas, o que chega ao poder fazendo promessas ilusórias, o que destrói a Escola Pública para abrir os colégios dos amigos, que produz diariamente toneladas de informação sobre concessão de apoios que depois não se concretizam?
Ou um governo que, depois de tomar posse substitui toda a gente que não tem cartão partidário para colocar o primo do primo que vai a todos os comícios e bater palmas em todas as convocatórias do partido?
Um governo forte para toda esta gente que o anda a pedir é um governo que satisfaça ainda mais as exigências dos banqueiros, das chamadas empresas do regime, que promova a construção de grandes obras públicas com a maior parte do dinheiro necessário a ser gasto lá for para que as comissões caiam nas contas entretanto abertas em paraísos fiscais.
Um poder forte?
Será que os portugueses têm medo de retirar o poder a quem sempre o teve desde há trinta e cinco anos?
VAMOS TODOS, DE NOVO, NA CONVERSA DA INGOVERNABILIDADE?
O QUE É QUE OS ÚLTIMOS GOVERNOS TÊM FEITO?
Será que o Povo Português não é capaz de dar uma lição a estes vampiros e baralhar tudo, sem ouvir o que dizem as sondagens, deixando os partidos do "poder forte" com os votos dos seus militantes?
Vamos por-nos de cócoras perante os banqueiros, os grandes empresários, os interesses inconfessáveis dos que enriquecem com a política e depois saltam para a alta roda dos negócios?

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