Desde o princípo que se percebeu: tanto a ANACOM como a Autoridade para a concorrência estavam a torcer pela SONAE. Vá-se lá saber porquê. ..
Tenho acompanhado um pouco de longe as peripécias da OPA, mas gostaria de manifestar a minha convicção de que o Engº. Belmiro - um belo merceeiro e pouco mais - não vai conseguir obter o controlo do maior grupo empresarial português.
Desde logo porque a conseguir que os accionistas lhe vendam a maioria do capital da PT, será a France Telecom a dominar o gigante que daí sairá. É preciso não esquecer que a France Telecom ainda é detida em 32 por cento pelo estado...
Só os portugueses e mais dois países europeus, salvo erro a Dinamarca e a Holanda cairam na esparrela montada pelos americanos da liberalização das telecomunicações. Nos EUA não foram nisso. Exportaram a ideia.
O Engº António Guterres garantiu que o Estado sempre ficaria com, pelo menos, 25 por cento, mas como promessa de político é como negócio de meretriz...o Estado lá ficou com 500 acções e uma golden share que toda a gente contesta, excepto quando ela pode valer de alguma coisa.
A PT, desde que o é teve quatro presidentes; o primeiro, o engº. Luís Todo Bom teve que resolver o grave problema de organizar uma empresa que resultou da fusão de duas concorrentes. Organizou e organizou-se, isto é, financiou-se a ele e ao primo e mais ao PSD então do todo poderoso Cavaco Silva.
A seguir veio o dr. Murteira Nabo, sem habilidade para o dia a dia de uma empresa, com talento para a macro economia, mas incapaz de dar garantias a uma equipa. O medo é a sua companhia inseparávél.
O BES impôs, depois, Miguel Horta e Costa, vaidoso, gastador e sem qualquer jeito para administrar o que quer que seja desde que não seja "secretária", jovem e bonita, e o seu próprio património. De resto, seria curioso indagar como é que um homem que sempre foi funcionário público (apenas nos últimos 4 ou 5 anos é que não) tem o património que tem...
Este último presidente é, para mim, uma verdadeira surpresa. Lembro-me bem de aqui ter escrito que Henrique Granadeiro não tinha qualquer capacitação para o cargo e que a sua nomeação apenas se justificava pela sua amizade com Ricardo Salgado.
É certo que a amizade entre os dois homens terá contribuído, mas a atitude de Granadeiro faz dele um verdadeiro presidente de um grande grupo empresarial. A entrevista que concedeu a Judite de Sousa constituiu uma demonstração poderosa de um homem que sabe o que quer, um empresário com um projecto para um grande grupo empresarial. Sem medos, sem jogos.
Nem que seja apenas por isto seria uma pena que a PT perdesse a hipótese de continuar a ser um projecto português.
Tenho acompanhado um pouco de longe as peripécias da OPA, mas gostaria de manifestar a minha convicção de que o Engº. Belmiro - um belo merceeiro e pouco mais - não vai conseguir obter o controlo do maior grupo empresarial português.
Desde logo porque a conseguir que os accionistas lhe vendam a maioria do capital da PT, será a France Telecom a dominar o gigante que daí sairá. É preciso não esquecer que a France Telecom ainda é detida em 32 por cento pelo estado...
Só os portugueses e mais dois países europeus, salvo erro a Dinamarca e a Holanda cairam na esparrela montada pelos americanos da liberalização das telecomunicações. Nos EUA não foram nisso. Exportaram a ideia.
O Engº António Guterres garantiu que o Estado sempre ficaria com, pelo menos, 25 por cento, mas como promessa de político é como negócio de meretriz...o Estado lá ficou com 500 acções e uma golden share que toda a gente contesta, excepto quando ela pode valer de alguma coisa.
A PT, desde que o é teve quatro presidentes; o primeiro, o engº. Luís Todo Bom teve que resolver o grave problema de organizar uma empresa que resultou da fusão de duas concorrentes. Organizou e organizou-se, isto é, financiou-se a ele e ao primo e mais ao PSD então do todo poderoso Cavaco Silva.
A seguir veio o dr. Murteira Nabo, sem habilidade para o dia a dia de uma empresa, com talento para a macro economia, mas incapaz de dar garantias a uma equipa. O medo é a sua companhia inseparávél.
O BES impôs, depois, Miguel Horta e Costa, vaidoso, gastador e sem qualquer jeito para administrar o que quer que seja desde que não seja "secretária", jovem e bonita, e o seu próprio património. De resto, seria curioso indagar como é que um homem que sempre foi funcionário público (apenas nos últimos 4 ou 5 anos é que não) tem o património que tem...
Este último presidente é, para mim, uma verdadeira surpresa. Lembro-me bem de aqui ter escrito que Henrique Granadeiro não tinha qualquer capacitação para o cargo e que a sua nomeação apenas se justificava pela sua amizade com Ricardo Salgado.
É certo que a amizade entre os dois homens terá contribuído, mas a atitude de Granadeiro faz dele um verdadeiro presidente de um grande grupo empresarial. A entrevista que concedeu a Judite de Sousa constituiu uma demonstração poderosa de um homem que sabe o que quer, um empresário com um projecto para um grande grupo empresarial. Sem medos, sem jogos.
Nem que seja apenas por isto seria uma pena que a PT perdesse a hipótese de continuar a ser um projecto português.
Ao Governo caberá uma última palavra se, na hipótese, pouco provável, de os restantes accionistas quererem ver a PT governada por franceses.
Há um aspecto curioso em toda esta trama, que é o da comunicação. Continuando Henrique Granadeiro com João Líbano Monteiro a administra-lhe a comunicação - eles são, de resto, cunhados - a comunicação social colocou-se abertamente ao lado da SONAE e as notícias dos últimos dias são a manipulação total - até confrange.
Este facto corresponde a um erro de Henrique Granadeiro. Ele não precisava, comos os três presidentes que o antecederam de "compradores" de jornalistas. Ele apenas necessitava de um sistema de informação aberto e que o tivesse dado a conhecer a tempo. A JLM & Associados foi um prejuizo, porque os jornalistas não incluídos na respectiva folha não perceberam a diferença.
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