... e o polícia malfeitor que só
malvadez contém prendeu a pobre
velhinha que andava a roubar flores
para pôr no túmulo da mãe...
Foi lenga-lenga que me ensinava um tio ainda jovem, e que decorei, enquanto a minha mãe me catava a cabeça, como se fazia no meu tempo de miudo. Tornei-me paciente militante desde que um miudo, na minha aula, apanhou um bicharoco da gola de blusa de um colega e o foi levar ao professor. A minha avó é que levou a novidade do DDT lá a casa. Acabaram de vez os piolhos na cabeça e os percevejos na cama, foi remédio santo. «Podia ter-te morto!», disse-me um droguista algum tempo depois. Desde então fui aprendendo que estamos sempre sujeitos a tudo não obstante as polícias e a justiça subjacente serem uma exigência das sociedades evoluidas (ou quase) tal como a Medicina por exemplo, ou o Ensino (e etc). Sabe-se que nem todos os médicos são honestos ou competentes, que nem todos os profs. sabem o que devem ensinar ou pelo menos o suficiente para passar de classe. Com a Polícia sucede o mesmo. Os agentes procuram manter a ordem e garantir alguma tranquilidade. Não são robots, são gente comum. Exercem uma profissão de risco.Alguns ( e não poucos!) morreram no exercício dela.
Por inerência da profissão o agente da ordem anda armado. Na sua posse, a arma sublinha a autoridade que é devida a quantos zelam para ordem pública. Não é um brinquedo!
Fazer, como fez hoje, «oPúblico» uma acusação implícita à GNR de acção criminosa não é razoável mas vai na linha muito em voga nos últimos tempos: uma notícia não vale nem vende sem estar embebida em molho picante. Tem que ser o menino a morder no cão. Só interessa se for a menina a violentar o sacristão.
Talvez a intenção da notícia não fosse o direito de cada um roubar por aí as viaturas que quisesse e não se dar ao incómodo de travar à ordem policial de parar! Quando -- e já tem acontecido -- as viaturas policiais não conseguem alcançar os carros mais potentes em fuga, os jornalistas criticam, com desdém, a falta de meios ou a inabilidade das forças da ordem..
Quando dá para o azar, coitado do ladrão, levar um tiro por roubar a porcaria de um carro, onde é que já se viu! É o abuso do poder e a prepotência da autoridade a pagar as favas, pois claro.
E quando ocorre o contrário, como aconteceu, não há muito, um agente ser morto por um bando de honestos assaltantes de bancos e de caixas multibanco, a culpa foi do colete!
É evidente que qualquer instituição (como qualquer jornal!) pode e deve ser criticada, isso está fora de questão. Não é um agente da GNR que faz a primavera. Não é decerto a encolher os ombros que se assegura o respeito à autoridade. Mas prefere-se pôr a tónica no infeliz gatuno, que gozava como podia a liberdade condicional, pois que seja e viva o jornalismo redentor...
malvadez contém prendeu a pobre
velhinha que andava a roubar flores
para pôr no túmulo da mãe...
Foi lenga-lenga que me ensinava um tio ainda jovem, e que decorei, enquanto a minha mãe me catava a cabeça, como se fazia no meu tempo de miudo. Tornei-me paciente militante desde que um miudo, na minha aula, apanhou um bicharoco da gola de blusa de um colega e o foi levar ao professor. A minha avó é que levou a novidade do DDT lá a casa. Acabaram de vez os piolhos na cabeça e os percevejos na cama, foi remédio santo. «Podia ter-te morto!», disse-me um droguista algum tempo depois. Desde então fui aprendendo que estamos sempre sujeitos a tudo não obstante as polícias e a justiça subjacente serem uma exigência das sociedades evoluidas (ou quase) tal como a Medicina por exemplo, ou o Ensino (e etc). Sabe-se que nem todos os médicos são honestos ou competentes, que nem todos os profs. sabem o que devem ensinar ou pelo menos o suficiente para passar de classe. Com a Polícia sucede o mesmo. Os agentes procuram manter a ordem e garantir alguma tranquilidade. Não são robots, são gente comum. Exercem uma profissão de risco.Alguns ( e não poucos!) morreram no exercício dela.
Por inerência da profissão o agente da ordem anda armado. Na sua posse, a arma sublinha a autoridade que é devida a quantos zelam para ordem pública. Não é um brinquedo!
Fazer, como fez hoje, «oPúblico» uma acusação implícita à GNR de acção criminosa não é razoável mas vai na linha muito em voga nos últimos tempos: uma notícia não vale nem vende sem estar embebida em molho picante. Tem que ser o menino a morder no cão. Só interessa se for a menina a violentar o sacristão.
Talvez a intenção da notícia não fosse o direito de cada um roubar por aí as viaturas que quisesse e não se dar ao incómodo de travar à ordem policial de parar! Quando -- e já tem acontecido -- as viaturas policiais não conseguem alcançar os carros mais potentes em fuga, os jornalistas criticam, com desdém, a falta de meios ou a inabilidade das forças da ordem..
Quando dá para o azar, coitado do ladrão, levar um tiro por roubar a porcaria de um carro, onde é que já se viu! É o abuso do poder e a prepotência da autoridade a pagar as favas, pois claro.
E quando ocorre o contrário, como aconteceu, não há muito, um agente ser morto por um bando de honestos assaltantes de bancos e de caixas multibanco, a culpa foi do colete!
É evidente que qualquer instituição (como qualquer jornal!) pode e deve ser criticada, isso está fora de questão. Não é um agente da GNR que faz a primavera. Não é decerto a encolher os ombros que se assegura o respeito à autoridade. Mas prefere-se pôr a tónica no infeliz gatuno, que gozava como podia a liberdade condicional, pois que seja e viva o jornalismo redentor...
3 comentários:
O estado a que isto chegou...
Passei por cá para dizer boa semana.
Hurto famelico ?
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