tag:blogger.com,1999:blog-9376054.post1425552058405641627..comments2023-10-10T10:09:51.174+01:00Comments on A Toupeira: Antes que Seja Tarde Acabe-se com o Poder da Arrogância e da MediocridadeM.Pedrosahttp://www.blogger.com/profile/18314440446892526278noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-9376054.post-75441185488531548022008-05-27T15:56:00.000+01:002008-05-27T15:56:00.000+01:00A democracia que temosPara além da liberdade de ex...A democracia que temos<BR/><BR/>Para além da liberdade de expressão sempre duvidosa. Lembro-me de recentes casos em que foram imediatamente punidos alguns responsáveis por críticas irrelevantes a membros do governo. Isto provoca o medo e serve de exemplo, evitando que outros casos bem mais importantes sejam divulgados. <BR/><BR/>Os eleitores podem realmente votar de tempos a tempos numa urna, mas pouco mais significa esta democracia. Os resultados eleitorais são sempre condicionados pelas opiniões que chegam aos cidadãos e que são, subtilmente, manipuladas pelos criadores de opinião, contratados pelas poderosas máquinas partidárias e pelas forças que dominam a comunicação social: a forma como são dadas as notícias ou até como não chegam a ser dadas as mais inconvenientes é um factor determinante quando chega a hora de escolher e votar. A censura prévia da época das ditaduras foi substituída pela auto censura actual. Quem não alinha com a linha traçada para o jornal, a estação de rádio ou de TV só poderá esperar a exclusão e ficar sem trabalho. <BR/><BR/>Que motivos levam a que determinados magnatas pretendam adquirir e dominar a comunicação social, uma actividade que é até economicamente bastante arriscada? As campanhas eleitorais e pré eleitorais começam aí, na comunicação social, e quem a dominar tem óptimas chances de chegar ao poder, directa ou indirectamente. <BR/><BR/>As contas das campanhas eleitorais de alguns partidos nunca correspondem aos reais gastos, mas o dinheiro teve de vir de algum lado....Talvez algumas notícias sobre corrupção não sejam alheias a tudo isto. A verdade é que nada se faz para prevenir novos casos. Quem é ajudado fica em dívida e as dívidas pagam-se.<BR/><BR/>As sondagens, que também deveriam ser proibidas, e são-no em alguns países, indicam as tendências de voto, condicionando também a decisão dos eleitores na hora de votar. Para quê votar em quem deverá ficar em 3.º, 4.º, 5.º lugares, i.e., sem qualquer hipótese ganhar? Os eleitores acabam por escolher de entre o 1.º ou 2.º, mas, a única diferença entre eles é a critica ao opositor que está de momento no poder, e, depois, se o atingir, fazer o que entender, frequentemente, o que antes criticava, principalmente se conseguir uma maioria absoluta (o que nunca aconselho). <BR/>O descontentamento dos eleitores que hoje constatamos deriva muito deste fenómeno: as promessas que alguns partidos fazem antes das eleições e que cativam e criam esperanças aos eleitores. Esses partidos ganham muitos votos com estes procedimentos. <BR/><BR/>Outra artimanha utilizada está na designação com que os partidos se apresentam aos eleitores e que não tem nada que ver com a realidade. As pessoas deveriam perceber que a designação é também uma opção estratégica para captar votos num determinado grupo alvo. Além disso, os próprios partidos evoluem com o tempo e hoje nenhum dos partidos do espectro português tem nada que ver com o que foi há 20, 30 ou 40 anos (os que já existiam). <BR/><BR/>Actualmente existe um chamado "centrão": dois SUPER PARTIDOS (PS e PSD)que não diferem muito um do outro e que se alternam no poder. O sistema eleitoral português (como os outros) já beneficia os partidos mais votados, tornando as eleições num jogo de “ping-pong”, a que chamam de “alternância democrática”, i.e: “agora ganho eu, depois ganhas tu”. Mesmo assim, há partidos que desejam "aperfeiçoar" o sistema eleitoral. É claro que do “aperfeiçoamento” os dois maiores partidos são os beneficiados, pois vai facilitar-lhes a manutenção no poder, mesmo com resultados mais adversos, porque reduzem os poucos deputados dos partidos mais pequenos, ainda que tenham o mesmo número de votos. Calam assim algumas vozes incómodas no parlamento e acautelam o futuro, prevenindo-se de surpresas futuras.<BR/><BR/>Zé da Burra o AlentejanoAnonymousnoreply@blogger.com