segunda-feira, abril 26, 2010

Os Romanos




A visão publicou no último dia 11 de Março um trabalho com o título " O Corredor do Poder", assinado pelos jornalistas Miguel Carvalho e Paulo Pena. Nele se descrevem as relações de um grupo que, ao longo dos anos - poucos - servindo-se da JS (Juventude Socialista), de António Costa e José Sócrates, e , lá para trás, um pouco também de Guterres, construiram relações de poder verdadeiramente ilícitas, transformaram alguns dos seus membros conhecidos em gente rica, de gostos ricos, bem colocada no aparelho do estado e do partido - que começam a confundir-se - e iludiram toda a gente.


Eu, além de me sentir iludido, sinto-me parvo, o que, para um homem com a minha idade e com a minha experiência de vida não é pouca coisa. Sinto-me tão parvo, tão parvo que até me lembro que tenho experiência de guerra...

Porque, a verdade é que olhando a actuação deste grupo, do qual farão parte, seguramente, muitos outros, para além das esposas dos que são indicados: Rui Pedro Soares, Sérgio Sousa Pinto, Marcos Perestrello, João Tiago Silveira, Fernando Rocha Andrade e Paulo Penedos e, claro, o actual Presidente da Câmara de Lisboa, António Costa - o tal general sem exército e que o montou nas hostes da JS, servindo-se dos jovens mais ambiciosos e menos escrupulosos... porque... dizia eu, a verdade é que, pensando bem, os partidos são isto mesmo.

São verdadeiras instituições de mal-feitores que apenas cuidam dos seus interesses e dos dos seus amigos, em regime de reciprocidade e a discussão das grandes questões do país, das pessoas que aqui vivem, eu e outros parvos, que nos preocupemos.

Estes jovens - e não é apenas no PS - criam grupinhos, juntam-lhes umas moçoilas com jeito, criam revistas engraçadas, gerem patrocínios de grandes empresas - com comissões chorudas a cair e vão vivendo...a vida. Encolhem os ombros perante as crises e, depois, quando têm um azar, o chefe salva em nome de outros favores já prestados.

Agora, finalmente, eu percebo por que razão os partidos deitam fora as pessoas que se atrevem a pensar pelas suas próprias cabeças e arrebanham uns fatos cincentos ou azúis escuros, que parecem os seminaristas do Seminário de Braga, lá no topo do Estádio do 28 de Maio quando o Braga jogava e eles eram muitos e o reitor condescendente ... mas sempre em fila indiana: assim iam aprendenedo alguma coisa...

Lendo com alguma atenção este trabalho da Visão - que apenas me chegou via net - percebe-se uma nova casta, adivinham-se novas legiões de patrícios romanos com todos os direitos, ficando as obrigações para os escravos.

Percebendo bem até ao fim conclui-se que este país só lá vai com tiros. É preciso salvar a dignidade da maioria deste Povo que anda há nove séculos com a esperança de um dia poder sentir-se igual aos outros povos e não ser sempre tratado como pedinte, como atrasado mental!


Se juntarmos a estes grupinhos constituídos à volta do António Costa os outros, formados à volta de outros, como, por exemplo, o do Mariano Gago, que dispõe do maior orçamento de sempre, mas não dá satisfações a ninguém e só os amigos beneficiam das suas iniciativas...se imaginarmos mais uns jovens de fato cinzento a ajudar o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, se vislumbrarmos as heranças que o anterior ministro da Agricultura - o pior dos últimos trinta anos - distribuiu por novos ministérios e os jeitos que esses herdeiros ainda andarão a fazer ao sr. Jaime Silva, concluímos, rapidamente que eles são um exército. Um exército de mal-feitores. Ainda não matam como no México, mas se nós deixarmos, um dia destes alguns de nós vão aparecer na valeta. Não estou disponível para isso e ainda tenho força suficiente para liquidar alguns deles. Estou fartooooooooooooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

domingo, abril 18, 2010

O Peralvilho



Sempre que este senhor me aparece na televisão ou em fotografias nos jornais faço um grande esforço para me lembrar da palavra que me baila na cabeça e que serve para significar o que penso dele.
Esta noite, finalmente, a palavra surgiu clara na minha cabeça: PERALVILHO!
É uma palavra com pouco uso, mas que se encontra muito nos clássicos da nossa literatura para definir as pessoas afectadas na maneira de falar e de vestir.
Nada de grave, portanto.
O que é mesmo grave é que a afectação de Passos Coelho o resume. Quando se ouve o homem falar percebe-se que ele andou anos a treinar a pose e que se esqueceu da realidade que o rodeia. Introduziu alguns "sounds Bytes"na caixa craniana para despejar na hora própria, com a postura (é verdade que nas galinhas as posturas são de doze vovos), mas aqui quero mesmo dizer postura e não atitude.
Porque, para falar de atitude era preciso reconhecer alguma coerência no discurso deste jovenzinho afectado que um dia terá prometido à família feitos grandiosos no campo da política. E aí está ele a falar em candidatura a primeiro-ministro de Portugal.
Não posso deixar de pensar, quando aqui chego, que, agora, qualquer um se arroga a competênccia para dirigir os destinos de um Povo com quase nove séculos de História.
Este Peralvilho, assim que chegou a uma posição de destaque não se lembrou de outra coisa: quer um nova constituição da República, quer discutir com o actual primeiro-ministro assuntos que já estão discutidos e não avançou com nenhuma nova ideia. Ele, Passos Coelho, com os seus gestos afectados, com o seu ar de galã, já um bocado gasto, quer marcar agenda política com temas que em nada ajudam a resolver a grave crise que o país atravessa.
Comportou-se como qualquer político para quem o único objectivo é o poder. Ele é presidente do PSD para derrubar, o mais depressa possível, o actual governo. E isso é conveniente ao país? Que lhe interessa isso. Ele já tem a postura para a tomada de posse e até já escolheu a gravata.O fato ainda o vai mandar fazer.
A política portuguesa está entregue a cada coisa....

terça-feira, abril 13, 2010

Cobarde



Viva,

Junto em anexo uma fotografia onde surjo. Por acaso a foto até foi tirada por um desses jornalistas que eu tanto odeio.
Como calculo que nem sequer saiba quem sou, sempre lhe posso dizer que terei todo o prazer em me encontrar consigo para esclarecer o tal ódio que efere. Mas, por certo, que irá continuar escondido no anonimato. É pena. Seria um prazer trocar ideias com uma pessoa tão culta e conhecedoa da realidade política.
Até sempre.
Mário Ribeiro
P.S. Não hesite em continuar a ofender os outros e a esconder-se no mundo dos blogues.
O Sr. Mário Ribeiro, ex-assessor de imprensa do Ministro da Agricultura, a desepenhar as mesmas funções, agora junto ministra Helena André, ficou chocado com o meu texto sobre a herança da Srª. Ministra do Trabalho e da Segurança Social.
Para expressar o seu choque mandou-me um e-mail (faltou-lhe coragem para fazer um comentário) e anexou uma fotografia de um grupo onde está, afirmando o que pode ler-se no texto que aqui junto.
O Sr. Mário Ribeiro é o pior assessor de imprensa que algum ministro pode ter porque se imagina empossado dos mesmos poderes da pessoa a quem assessoreia. Nega informação aos jornalistas, trtaa-os mal ( ao telefone) e chega facilmente ao insulto, quer de quem lhe telefona, quer das instituições que representam . Enfim...é uma escola de assessoria.
Ora, muito bem, Sr. Mário Ribeiro, o sr. está desejoso de saber quem é M. Pedrosa. Recorra ao SIS já que os seus poderes são fortes o suficiente para isso.
Não me escondo atrás de nada. O que acontece é que se não houvesse a blogoesfera, onde é possível fazer o que eu e muitos outros fazem, vocês, os assessores e outras figuras serventuárias do poder nos fariam a vida num inferno, ainda pior do que já é. E, provavelmente já estaria inscrito num centro de emprego, sem nenbuma possibilidade de voltara a trabalhar..Conheço-lhe a espécie.
Tenho um conselho para si: deixe a Srª. Ministra escolher alguém que possa ser, de facto, assessor de imprensa , isto é, alguém que tenha capacidade de relacionamento com os jornalistas, dar-lhes informação, sugerir-lhes pistas, algém que possa ser útil e não esteja sempre disponível para aparecer entre os "senhores do poder" como se se tratasse de um deles.
Sr. Mário Ribeiro, sei de muitos casos de disparates seus... vou seguir com mais atenção a sua carreira junto da Ministra Helena André. Falaremos, um dia. Depois que o sr. abandone uma função para a qual não tem jeito nenhum.
Este blogue já tem alguns anos e nos seus vários textos não encontra nenhum insulto nem nenhuma inverdade. Faz parte do meu lema, inscrito no cabeçalho

sábado, abril 10, 2010

A Herdeira



A ministra do Trabalho e da Segurança Social foi uma das surpresas deste novo governo de José Sócrates. O seu nome, Helena André, era pouco conhecido,veio de Bruxelas e as notícias recorriam às suas anteriores ligações aos Sindicatos para sugerirem uma actuação quiçá diferente daquela que foi seguida por Vieira da Silva, a maior desilusão do primeiro governo de Sócrates.
Até agora nada de novo; tudo continua na mesma. O que eu não posso deixar de notar é que Helena André é uma herdeira do passado: impingiram-lhe como secretário de estado Valter Lemos, um velho conhecido dos portugueses, primeiro pela sua triste história como autarca e depois como um dos elementos decisivos para levar o Ministério de Lurdes Rodrigues( Educação) à condição de inimigo de todos nós.
E quem mais herdou, Helena André? Rui Cunha, o Provedor da Santa Casa da Misericórdia, cujo papel naquela instituição, de grande importância na vida nacional ,é pior que nulo, porque tem permitido que a Santa Casa se tenha transformado numa entidade escura, em que os negócios e os serviços são geridos com pouca clareza, talvez porque o sr. Provedor terá uma apetência especial pelo jogo e o Bairro Azul é um pouco distante do Largo da Misericórdia.
Mas, a herança da ministra Helena André não se ficou por aqui. No seu gabinete também está, como assessor de imprensa o sr. Mário Ribeiro, que desempenhou as mesmas funções junto do pior ministro da Agricultura que Portugal já teve, o sr. Jaime Silva. Mário Ribeiro, de resto, ajudou muito o Sr. Silva a cometer disparates com a comunicação social.
Imagino que o Partido tenha oferecido mais uns "encalhados" à ministra do Trabalho e que ela se tenha sentido obrigada a aceitar.
Mas, senhora ministra, o seu mandato vai ficar marcado também pelas asneiras destes homens ( e quiçá de outros mais). Não conseguiu formar a sua própria equipa? Não tem uma rede própria? As suas convicções adaptam-se às destes seus colaboradores?
Sabe que há um sem número de queixas na Procuradoria contra o Provedor da Santa Casa? Sabe que Rui Cunha está naquelas funções apenas porque é amigo de Vieira da Silva? Puseram-lhe como condição para ser ministra aceitar esta gente a trabalhar consigo?
Ser ministra é assim tão importante para si? A ponto de aceitar gente claramente imcompetente para exercer funções importantes que estão sob a sua alçada?
A Srª. Ministra não pode mudar este estado de coisas?
OBS. Lamento não ter uma fotografia do sr. Mário Ribeiro para ilustrar este texto, mas suponho que não será fácil obtê-la, até pelo ódio que nutre pelos jornalistas e afins.




quinta-feira, abril 08, 2010

O Caminho



Numa das Ruas de Lisboa, na Avenida Miguel Torga, descobri que há alguém à procura de novos caminhos para contestar a realidade com que nos confrontamos. Embora ainda pareça uma forma de contestação sindicalista, já anuncia uma outra via: a rebelião como um direito para contrariar aquilo que Querem fazer da nossa Juventude: um exército de escravos de mão de obra sempre livre e sempre barata, os precários.
De facto, para lutar contra a precaridade, as negociações sindicais já não servem. A rebelião é o caminho. Espero poder assistir ainda a uma forma organizada de rebelião contra as grilhetas do nosso tempo, longe dos sindicatos, dos partidos e dos políticos profissionais, a favor das pessoas. Uma rebelião que não sirva para abrir os cofres a outros gatunos, mas que, finalmente, dê por finda esta angústia diária de nos sentirmos roubados, ludribiados, enganados. Força, Juventude, é o vosso tempo: PRECÁRIOS VOS QUEREM, REBELDES SERÃO!!!!!!!!!!!!!!!

sexta-feira, abril 02, 2010

Recebam-no como a um Pedrosa

Os Pedrosas devem estar contentes, hoje. E não só. Recebam-no bem. Erguem as taças tendo em atenção este facto muito simples: um dia destes, todos quantos passámos aquelas passas do Algarve, bebemos água na fonte da talha e percorremos as tabernas de Coimbra nos iremos encontrar num campo repleto de flores brancas ( se arranjarem umas amarelas, tido Van Gogh, para mim também está bem). Hoje, para uns é um dia triste, para outros, o dia inevitável, para outros ainda, não sabemos, mas não é um dia indiferente. Lembremo-nos todos uns dos outros.!